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A precipitação mexicana em pedir a extradição do atirador de El Paso

06.08.19 11:34

O secretário de Relações Exteriores mexicano, Marcelo Ebrard, afirmou que seu país está analisando um pedido de extradição do atirador Patrick Crusius (foto), de 21 anos. No sábado, 3, Crusius matou ao menos 31 pessoas, entre elas oito mexicanos. De acordo com os policiais que o interrogaram, seu objetivo era o de matar “tantos mexicanos quanto possível”.

Mas, apesar do desejo legítimo de se fazer justiça, os mexicanos estão se precipitando. “O México não tem qualquer interesse jurídico ou capacidade para julgar um caso como esse. Não há qualquer experiência com terrorismo ou com ódio racial. Os promotores e peritos não contam com preparo para tal”, diz o mexicano-americano Tony Payan, cientista político da Universidade Rice e professor da Universidade Autônoma de Ciudad Juárez, no México.

Segundo Payan, se os Estados Unidos entregarem Crusius ao México, ficará evidente a falta de capacidade em julgar Crusius, que é americano. “A declaração de Ebrard foi apenas para ganhar adeptos. Não passa de um gesto de relações públicas. Não é algo que possa ter um efeito real”, diz Payan.

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