Líder do governo nega oferta de emenda para não bater em Bolsonaro: 'Nunca pedi isso a ninguém'
O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (foto), do MDB de Tocantins, negou ter oferecido emendas milionárias do orçamento paralelo ao senador Jorge Kajuru, do Podemos de Goiás, para que ele parasse de criticar o presidente Jair Bolsonaro. "Nunca pedi isso a ninguém. Ainda mais em um governo que apanha todo dia", disse...
O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (foto), do MDB de Tocantins, negou ter oferecido emendas milionárias do orçamento paralelo ao senador Jorge Kajuru, do Podemos de Goiás, para que ele parasse de criticar o presidente Jair Bolsonaro. "Nunca pedi isso a ninguém. Ainda mais em um governo que apanha todo dia", disse Gomes.
Em entrevista publicada na edição de Crusoé desta semana, Kajuru afirmou ter sido alvo de uma abordagem indecorosa do líder do governo. "Meu assessor de orçamento ouviu da boca do senador Eduardo Gomes, de quem eu gosto, e que é muito educado, o seguinte: ‘O Kajuru podia ter 100 milhões (de reais) em emendas. Fala para o Kajuru mudar, não bater no governo desse jeito’”.
Gomes negou o fato. Disse nesta sexta-feira, 22, que jamais fez esse tipo de abordagem com qualquer senador. "Sou amigo do Kajuru, respeito muito ele, mas ele sabe que isso não é verdade. Nunca ofereci nada para ele e nunca fiz esse comentário com o assessor dele. Nem tenho prerrogativa para isso (indicar emendas do orçamento paralelo). Não sou relator do Orçamento", afirmou.
"Sou conhecido por entender as críticas e tentar buscar consenso das matérias, independe da questão ideológica. Esse perfil que ele está traçando não é o meu. Quando precisei do apoio do Kajuru eu pedi direto a ele, e muitas vezes fui atendido. Nunca teve esse tipo de relação", completou Eduardo Gomes.
Como mostrou Crusoé em maio, o governo Bolsonaro tem usado o orçamento paralelo, por meio das emendas de relator, para comprar apoio político no Congresso. Essas indicações de recursos bilionários da União para obras e programas nos estados de origem dos deputados e senadores seguem critérios políticos e vão muito além das tradicionais emendas parlamentares.
Na entrevista a Crusoé, Kajuru afirmou que o orçamento paralelo significa corrupção. "São bilhões gastos, compra de votos, compra de emendas, e Bolsonaro não tem como falar que não sabia. Ele tem que ser responsabilizado por isso", afirmou Kajuru.
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Comentários (4)
Fernando Antonio Freire de Andrade
2021-10-23 12:36:06Acredito na seriedade do senador Kajuri
Francisc
2021-10-22 18:55:36Ok. Dois canalhas, cujas palavras não valem um vintém.
Nelson
2021-10-22 11:44:55Com a palavra, o assessor.
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2021-10-22 11:15:56alô imprensa suja o governo que subornava tido inclusive a mídia foi outro . haja cinismo.