Empresário confirma pagamento a Witzel na pré-campanha em troca de contratos
O empresário Edson Torres reafirmou nesta quarta-feira, 13, que pagou 980 mil reais a Wilson Witzel (foto) em 2018, quando ele exercia o cargo de juiz federal e ainda não havia iniciado a campanha eleitoral. As declarações foram prestadas em depoimento no processo de impeachment do governador afastado do Rio. “Nós fizemos um caixa de...
O empresário Edson Torres reafirmou nesta quarta-feira, 13, que pagou 980 mil reais a Wilson Witzel (foto) em 2018, quando ele exercia o cargo de juiz federal e ainda não havia iniciado a campanha eleitoral. As declarações foram prestadas em depoimento no processo de impeachment do governador afastado do Rio.
“Nós fizemos um caixa de subsistência, caso ele não ganhasse a eleição, de um valor que era de aproximadamente 1 milhão de reais. Chegou a 980 mil reais esse valor, que foi pago até a data da desincompatibilização. Foram pagas algumas parcelas”, disse ao tribunal misto que julgará Witzel, formado por cinco deputados e cinco desembargadores.
Torres já havia falado sobre os repasses em depoimento ao Ministério Público Federal -- o órgão usou os relatos na denúncia apresentada contra Witzel pela prática do crime de organização criminosa. De acordo com o empresário, os pagamentos foram realizados em conjunto com Victor Hugo Barroso, apontado como operador de Pastor Everaldo.
No novo depoimento, Torres deixou claro que a contrapartida pelos repasses era a retomada de contratos entre suas empresas e o governo estadual, uma vez que os acertos acabaram suspensos em gestões anteriores.
“Eu, como empresário, assumi a responsabilidade de fazer a arrecadação e da minha parte também contribuir, porque eu teria contratos. Porque eu tive muitos contratos com o estado e tive meus contratos cassados. Foi o combinado.”
Torres assegurou, porém, que a promessa não foi cumprida e alegou que os contratos conquistados com Cedae e no Detran são lícitos.
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Comentários (4)
Nunes
2021-01-14 02:42:20Independente de ser lícito esses dois contratos, é vagabundo também, da pior espécie. Tem que rodar também. Pode até ficar livre da cela por causa de delação ou coisa assim, mas tem que ficar impossibilitado com o poder público por muitos anos. Pilantras, vagabundos, cafagestes, degetos...
Sonia
2021-01-13 20:03:01Me engana que eu gosto. Alguém acha que ele diria que estes dois contratos fazem parte do acordo? Óbvio que não, porque iria perdê-los
Inês
2021-01-13 18:19:31Os corruptores acreditam, pelo visto já compraram antecipadamente o governador. Vai saber se quando era juiz já não fazia outros acertos e por isso já era conhecido no meio por ser sensível a um agrado financeiro.
Francisco
2021-01-13 16:51:03Em quem acreditar nesse meio político brasileiro, infestado de corruptos, ladrões, mentirosos? Só tem bandidos da pior espécie.