Flickr/Badgreeb RecordsEstava eu curtindo a mais nova última música dos Beatles, quando, subitamente, me lembrei com saudades dos anos 60

Os The Beatles

10.11.23

Estava eu curtindo a mais nova última música dos Beatles, Anal and Then, quando, subitamente, me lembrei com saudades dos anos 60, essa época distante do século passado, quando eu ainda era um jovem idoso e provecto e tive o privilégio de viver as grandes transformações dos costumes por dentro. Não me perguntem dentro de quem porque eu não me lembro de nada daqueles tempos. Devido ao consumo de “tóxicos” e outras drogas pesadas (e mal pesadas) que consumi naquele período histórico, meus neurônios foram reduzidos à metade, o que nunca atrapalhou a minha profissão de jornalista.

Tudo começou em Paris, Woodstock, no meio do 69, quer dizer, em Maio de 68 com o advento do viagra anticoncepcional. Injuriados com o ensino careta da Sorbonne, que instituiu o banho diário obrigatório no curso superior, os estudantes franceses saíram às ruas quebrando tudo. Inconformados com a retirada das aulas de cunnilingus, felaccio e latim dos currículos, a estudantada saiu na porrada com os milicianos de Charles De Gaulle, o Macron da época, que queria dublar os filmes do Goddard.

No resto do mundo a chapa estava quente e o bicho estava pegando. No Festival de Saquarema e no Vietnã, os americanos estadunidenses se atolaram na lama. Na ofensiva do Tet, o poderoso Exército ianque levou uma surra dos vietcongs comandados por Ho Chi Min, dono de uma rede de pastelarias no Sudeste Asiático e no centro de São Paulo. O pau comia no mundo inteiro e essa situação se tornou mais crítica com a difusão das pílulas anticoncepcionais.

A pílula anticoncepcional foi um marco na vida sexual da humanidade, pois, pela primeira vez, o sexo foi separado da sacanagem. Graças aos anticoncepcionais, os casais ficaram liberados para o sexo sem culpa e sem compromisso, o que fez aumentar muito a cornitude no mundo. A fornicação era total, o ambiente do planeta era de puro sexo, ninguém era de ninguém. Antes da pílula, as mulheres não queriam saber de mim de jeito nenhum e, depois dela, é que passaram a não querer saber mesmo. Na década de 60, você andava nas ruas desviando de casais que copulavam e fornicavam nas ruas feito cães no cio. Jovens, velhos, adolescentes e até mesmo casais casados passaram a fazer sexo todo dia.

Revoltado com aquela pouca vergonha, o Papa Paulo VI publicou a encíclica Levum Norabum que estabelecia novas regras para o sexo selvagem e só permitia a pedofilia com fins de reprodução. Essa revolucionária encíclica papal deus origem à famosa Teologia da Liberação da Franga que teve em Leonardo Bofe e sua expressão máxima.

Enquanto isso, na swinging London, Mary Quant subiu a altura das saias até as trompas de Falópio, abrindo caminho para a exploração predatória da Floresta Amazônica e a devastação da Mata Atlântica da Claudia Ohana. Em Saint Tropez, Brigitte Bardot lançou o monoquíni ,que causou um verdadeiro furor uterino na praias da Côte D’Azur. O hoje ingênuo monoquíni consistia numa espécie de suspensório de peito acoplado a um biquíni. Horrorizado, o presidente Jânio Quadros proibiu o monoquíni em Brasília, que não tem praia, a rinha de galos e a briga de aranhas.

Tudo isso por culpa dos Beatles, let it be.

 

Agamenon Mendes Pedreira é beatlemaníaco sexual

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