O narigão do maestro
A celeuma em torno da prótese cênica usada por Bradley Cooper revela como o novo progressismo é artisticamente conservador
Este conteúdo é exclusivo para assinantes
Levei minha filha para ver Hamlet no Shakespeare’s Globe em 2018. Poderia ter visto montagens melhores, mas, como bom turista literário, me deixei levar pela mística do teatro onde o bardo encenou algumas de suas melhores criações (bem, não é o mesmo teatro: o Globe foi erguido em 1599, destruído por um incêndio em 1613, reconstruído no ano seguinte, fechado por decreto em 1642 e demolido pouco depois. A atual reconstituição, inaugurada em 1997, ocupa um lugar diferente do original). Então com 11 anos, minha filha tinha um domínio ainda claudicante da língua inglesa e nenhuma experiência com a linguagem shakesperiana. Mas ela conhecia a história do príncipe dinamarquês, de uma adaptação em prosa.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (3)
Carlos Renato Cardoso Da Costa
2023-08-27 07:56:31Imagine a ignorância de alguém que considera impossível um ator interpretar algo que não é, ficando-se por caricatura, ou condenar a utilização de apetrechos para aproximar fisicamente o ator do representado. Esse é um problema daqueles que enxergam um mundo em que "tudo é política" e, assim sendo, o embate tem de ser constante e as subtilezas perdem-se no mar da ignorância
GERALDO CUNHA CARVALHO JUNIOR
2023-08-26 19:53:21O progressismo é uma merda, estou cansado desses debates irracionais com gente ressentida e fracassada!
João Darcy da Rocha Júnior
2023-08-25 12:31:25Até que enfim alguém falou a mais pura verdade. Que os ditos "progressistas" são, na verdade, reacionários de esquerda. Usam a pauta da diversidade para impor suas ideias autoritárias.