Senadores vão pressionar Ernesto e Wajngarten sobre viagem do 'spray milagroso' israelense
Senadores que integram a CPI da Covid no Senado pretendem questionar o ex-chanceler Ernesto Araújo sobre a viagem a Israel no início de março destinada a conhecer um spray ainda em fase de testes que supostamente funcionaria contra o coronavírus. O ex-ministro das Relações Exteriores será ouvido pela comissão na quinta-feira, 13. Fábio Wajngarten, que...
Senadores que integram a CPI da Covid no Senado pretendem questionar o ex-chanceler Ernesto Araújo sobre a viagem a Israel no início de março destinada a conhecer um spray ainda em fase de testes que supostamente funcionaria contra o coronavírus. O ex-ministro das Relações Exteriores será ouvido pela comissão na quinta-feira, 13.
Fábio Wajngarten, que também fez parte da comitiva, é outro que será instado a explicar sua participação nas negociações pelo produto. O depoimento do ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência está marcado para terça-feira, 11.
"Eu quero que eles expliquem exatamente o que rendeu a viagem a Israel", resume Otto Alencar, do PSD da Bahia, titular da CPI. "Ernesto vai ter que explicar por que assinou um documento, com quem e a mando de quem", acrescenta. A aposta de parlamentares da oposição é que o diplomata, se pressionado, responsabilizará Jair Bolsonaro.
Como mostrou Crusoé em sua mais recente edição semanal, o então chanceler assinou uma “carta de intenções”, em nome do governo, em que se comprometeu a fazer o produto deslanchar no Brasil. O acordo foi firmado com a empresa privada que desenvolve o spray.
Antes de deixar o cargo, no fim de março, Ernesto havia dito ao Senado que o país não havia negociado com os israelenses a compra da fórmula. Só que em telegrama, ao qual Crusoé teve acesso, o embaixador brasileiro em Tel Aviv, general Gerson Menandro de Freitas, diz que no documento subscrito por Ernesto o governo se comprometeu a viabilizar, produzir e comercializar o spray “caso receba a aprovação das instâncias regulatórias nacionais”.
O Itamaraty alega que a carta era apenas o primeiro passo de uma negociação mais abrangente e que ela não gerou ônus financeiros ao Brasil.
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Comentários (4)
Emilio Cêdo
2021-05-09 17:32:32Esta tchurma foi a Israel se imunizar com aquela vacina americana, ou com a meio americana.
Francisco
2021-05-09 16:54:24Se não saírem de lá presos, vou duvidar dessa CPI. Ou seja , CPI reladata por ladroa? Conta-me outra. Randolfo voz fina querendo aparecer? Conta-me outra. Mas digo, bolzo seus três patetas nunca mais. A sorte deles é que são investigados por também bandidos.
PAULO
2021-05-09 15:27:31A Revolução dos Bichos Bolsonarista vai sendo escrita. Temos já os órgãos aparelhados que seria uma espécie de polícia suína. E temos os personagens cotados para Sansão. Acho que o Pazzuelo é o que mais se parece com o cavalo orwelliano. Para saber o que acontecerá com os cavalos do Bolsonaro no futuro, é só ver o que ocorreu com os cavalos do Bolsonaro do passado. “Aqueles que renunciam à liberdade em troca de promessas de segurança, acabarão sem uma nem outra.”
Maria
2021-05-09 10:48:43Se o spray não gerou custos aos cofres públicos, a portentosa viagem causou danos que deveria serem ressarcidos pelos participantes