PT provocou governo Bolsonaro com perspectiva de dólar a R$ 6
"Quem chegará primeiro no valor de 6 reais? A gasolina ou o dólar? Saudades do PT!", dizia mensagem publicada pelo partido em fevereiro de 2021
O dólar ultrapassou a marca histórica de 6 reais nesta quinta-feira, 28, graças à atrapalhada apresentação do pacote de cortes de gastos do governo Lula.
Ironicamente, o partido do presidente provocou o governo Jair Bolsonaro, em 2021, com a possibilidade de a moeda americana ultrapassar esse valor — com a diferença de que o mundo se recuperava de uma pandemia naquela época.
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"Não tá dando para andar de carro e muito menos viajar para Disney. Na corrida maluca do governo quem perde é o povo. Quem chegará primeiro no valor de 6 reais? A gasolina ou o dólar? Saudades do PT!", diz mensagem compartilhada pelo perfil do PT no X em 27 de fevereiro de 2021 junto com uma charge (foto).
Gasolina também
Outra ironia: o preço médio do litro da gasolina também está acima de 6 reais atualmente.
Como de costume, os petistas estão apontado o dedo para o "mercado". E sobrou até para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
“O BC de [Roberto] Campos Neto não fez nada para conter a especulação desencadeada desde ontem (27) que já levou o dólar a R$ 6. A Fazenda já esclareceu que a isenção de IR até R$ 5 mil será vinculada à nova alíquota para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, sem prejuízo para a arrecadação”, reclamou a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).
De quem é a culpa mesmo?
Ela seguiu na reclamação:
"Era obrigação da ‘autoridade monetária’ intervir no mercado contra a especulação desde seu previsível início, com leilões de swap, exigência de depósitos à vista e outros instrumentos que existem para isso. É um crime contra o país.”
Campos Neto está no final de seu mandato, que expira em 31 de dezembro. Depois, assumirá a instituição, por indicação de Lula, Gabriel Galípolo, atualmente diretor de Política Monetária do BC.
Galípolo já tem votado com Campos Neto — e em unanimidade com todo o Comitê de Polícia Monetária (Copom) — sobre as decisões do Banco Central acerca da taxa básica de juros, o que já devia ter tirado dos petistas o discurso contra o atual presidente do BC.
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