Ministério da Justiça altera classificação indicativa de "Vamp"
"Vamp", uma das mais populares novelas da sete da história da TV Globo, passou por uma revisão de sua classificação indicativa quase 33 anos após seus primeiros episódios irem ao ar, em julho de 1991 — e agora é considerada mais violenta do que o que originalmente se pensava. A decisão do Ministério da Justiça, responsável...
"Vamp", uma das mais populares novelas da sete da história da TV Globo, passou por uma revisão de sua classificação indicativa quase 33 anos após seus primeiros episódios irem ao ar, em julho de 1991 — e agora é considerada mais violenta do que o que originalmente se pensava. A decisão do Ministério da Justiça, responsável pela política de classificação indicativa, foi tornada pública nesta sexta-feira, 7, em um despacho no Diário Oficial da União.
A mudança de posicionamento se deu, de acordo com a Coordenação Nacional da Política de Classificação indicativa (CPCind) após "monitoramento ostensivo do programa". Após as análises, a pasta entendeu que a novela estrelada por Cláudia Ohana tem agravantes como consumo de droga lícita (não recomendado para menores de 12 anos), estigma ou preconceito (14 anos); morte intencional (14); nudez (14); tortura (16 anos); estupro ou coação sexual (16) e suicídio (16).
Pelo conjunto da obra, analisou o Ministério da Justiça, a novela é classificada como "Não recomendada para menores de 14 anos". Se ela fosse originalmente veiculada hoje, não seria recomendada para a faixa das 19h — o seu conteúdo, recomenda o Ministério, deve ocorrer apenas após as 21h quando ocorrer em TV aberta.
De tempos em tempos, o CPCind revê a classificação de novelas já exibidas há décadas pela TV Globo — e que são reprisadas, ora no canal Viva ou pelo serviço de streaming Globoplay. No ano passado, novelas como "A próxima Vítima", "A viagem" e "Mulheres de Areia" tiveram suas classificações revistas. A última, inclusive, foi alterada quando ainda estava no ar, mas a Globo ignorou as recomendações.
Como contamos na edição semanal da Crusoé, a revisão de obras antigas pela classificação indicativa coloca sob os olhos desta décadas obras tão antigas quanto Titanic (1997) e Branca de Neve e os Sete Anões (1938), e testam os limites da liberdade de expressão garantida na Constituição de 1988.
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