Reprodução

Maduro ordena mobilização militar após suposta tentativa de invasão marítima

04.05.20 16:08

A ditadura de Nicolás Maduro realiza nesta segunda, 4, uma operação conjunta das forças militares e de segurança em todo o território nacional (foto). Segundo a oposição, mais de vinte pessoas foram presas.

De acordo com o governo, um grupo de mercenários saiu da Colômbia em lanchas e tentou desembarcar em La Guaira, perto de Caracas, na madrugada do domingo, 3. Oito pessoas morreram na troca de disparos e duas foram detidas. O objetivo dos mercenários, que teriam recebido apoio americano, seria o de promover ações terroristas contra integrantes da ditadura.

Não há como comprovar a veracidade da informação oficial. Mas lanchas dificilmente teriam percorrido um longo trajeto, saindo da Colômbia e chegando até perto da capital venezuelana. Para o presidente interino, Juan Guaidó, da oposição, tudo não passou de uma armação do governo. Vizinhos da região de La Guaira já adiantavam que uma montagem estava sendo preparada pelos chavistas.

Mas alguns fatos sugerem divisões dentro das Forças Armadas da Venezuela. O suposto grupo de mercenários não foi contido pela Marinha, e sim pela polícia especial, as Forças de Ações Especiais (Faes). Além disso, quem anunciou o ocorrido não foi o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, e sim o ministro do Interior, Néstor Reverol,

“Esses detalhes indicam que os grupos contrários a Maduro estão ganhando força dentro das Forças Armadas”, diz o cientista político venezuelano José Vicente Carrasquero. “A operação de hoje é uma maneira de evitar que outros militares sejam contaminados pelo vírus da rebelião, que já está agindo em alguns quartéis.”

Mais notícias
Assine agora
TOPO