Julgamento de Trump vira romaria de republicanos
"Eu sempre estarei em apoio ao presidente Trump!", escreveu o deputado Matt Gaetz, um republicano da Flórida que integra a ala mais próxima do ex-presidente americano. O parlamentar, junto com ao menos uma dezena de outros nomes do partido, resolveu levar isso um passo além — e compareceu presencialmente nesta quinta-feira, 16, ao lado de...
"Eu sempre estarei em apoio ao presidente Trump!", escreveu o deputado Matt Gaetz, um republicano da Flórida que integra a ala mais próxima do ex-presidente americano. O parlamentar, junto com ao menos uma dezena de outros nomes do partido, resolveu levar isso um passo além — e compareceu presencialmente nesta quinta-feira, 16, ao lado de Donald Trump no seu julgamento sobre o pagamento de propina a uma atriz pornô.
A romaria de parlamentares republicanos ao caso se tornou mais clara nesta semana — depois que o presidente da Câmara, Mike Johnson (republicano- Louisiana) foi por conta própria declarar apoio ao virtual candidato do partido nestas eleições de novembro, em sua revanche pessoal contra o democrata Joe Biden.
Tal como em um episódio de "O Aprendiz", que catapultou a imagem midiática de Donald Trump, os homens que integram a comitiva pró-ex-presidente chegam ao limite de irem com o mesmo figurino do seu líder: terno azul-cobalto, camisa branca e gravatas vermelhas, justamente para parecer com o republicano.
Gaetz, considerado um linha-dura dentro da base republicana no Congresso dos EUA, resolveu falar em nome da "bancada da liberdade", composta de parlamentares leais ao ex-presidente. Seu objetivo foi tentar desacreditar o depoimento de Michael Cohen, ex-braço direito de Trump que, ao confessar que pagou 130 mil dólares para que a atriz de filmes adultos Stormy Daniels não falasse sobre um caso com Trump, virou uma testemunha central na acusação contra o ex-chefe.
https://twitter.com/RepMattGaetz/status/1791165214500544623
"Não há poder que Cohen não tenha mentido", disse Cohen à imprensa. "Ele mentiu para investigadores, para o juiz, para o Congresso dos EUA, e ele cometeu essas mentiras em benefício próprio".
Críticas ao juiz que coordena o caso e ao júri — feitas tantas vezes pelo réu Donald Trump que quase o levaram à prisão—foram repetidas por Gaetz, que resumiu dizendo que estavam todos ali por vontade própria, por "haver coisas que eles podem dizer e que o presidente Trump injustamente não pode dizer."
O caso, no entanto, é política e legalmente grave para Trump, que pode ser preso se o juri e o juiz entenderem que ele de fato cometeu fraude ao tentar calar a atriz de filmes adultos durante a campanha eleitoral de 2016. Este é o único caso envolvendo a elegibilidade do presidente a ser julgado antes das eleições de novembro.
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