ReproduçãoFaixada da embaixada da Argentina em Caracas, Venezuela. Reprodução

Venezuela: o cerco de Maduro à embaixada da Argentina em Caracas

27.03.24 15:08

O regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, cerca a embaixada da Argentina no país desde segunda-feira, 15 de março. O motivo é o asilo a seis membros da oposição venezuelana, anunciado pelo governo argentino na noite de terça, 16.

A residência oficial da missão argentina, onde estão abrigados os asilados, está com fornecimento de luz e água cortados.

“A República Argentina manifesta a sua preocupação pelo incidente ocorrido ontem, que resultou na interrupção do fornecimento de energia elétrica à residência oficial em Caracas, e alerta o governo da Venezuela sobre qualquer ação deliberada que coloque em risco a segurança do pessoal diplomático”, diz a nota oficial da Casa Rosada, publicada na terça.

Quem são os asilados na residência oficial da embaixada Argentina?

 

O governo argentino não identificou quem são os asilados.

Segundo relatos próprios repercutidos na imprensa, os seis venezuelanos são Pedro Urruchurtu, Magalí Meda, Claudia Macero, Humberto Villalobos e Omar González, além de uma pessoa ainda não identificada.

Todos os nomeados trabalharam para a campanha da líder da oposição, María Corina Machado, ou são ligados ao partido dela, o Vente Venezuela.

Quem protege os asilados na residência oficial da embaixada Argentina?

 

A situação deles se agrava ainda mais pelo fato de estarem refugiados na residência oficial da missão argentina.

Situada em um bairro distinto ao do prédio principal da embaixada, a residência não está sob a proteção de guardas argentinos, mas sim da venezuelana.

Segundo o jornal argentino El Clarín, o local está custodiado por “dois jovens da guarda bolivariana”, em referência à Guarda Nacional Venezuelana.

A ministra de Segurança Pública da Argentina, Patricia Bullrich, determinou o envio de dois membros da Guarda Nacional Argentina à Venezuela. Um reforçaria o prédio principal da embaixada e outro, a residência oficial.

Entretanto, esses dois agentes só poderão entrar na Venezuela sob a permissão do regime de Nicolás Maduro, com quem Milei já teve embates em seus cerca de 100 dias de mandato na Casa Rosada.

Como são as relações entre Milei e Maduro?

 

Duro crítico da ditadura chavista, Milei já avisava antes de sua posse sobre romper relações com a Venezuela.

E, de fato, o presidente retirou o então embaixador argentino em Caracas, Oscar Laborde. A missão argentina hoje é comandada pelo número 2, o encarregado de negócios, Gabriel Volpi.

A situação entre Milei e Maduro se agravou pela autorização da Casa Rosada a enviar aos Estados Unidos, para perícia e desmonte, um avião de fabricação iraniana que era propriedade da ditadura venezuelana.

A aeronave fora apreendido em Buenos Aires pela gestão Alberto Fernández.

Em retaliação, o regime venezuelano proibiu o tráfego em seu espaço aéreo de qualquer aeronave com origem ou destino dentro do território argentino.

Leia também: A briga de 5ª série entre Milei e Maduro

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