Adriano Machado/Crusoé

Com histórico de embates, Bolsonaro ignorou duas tentativas de Moraes para marcar oitiva

28.01.22 08:01

Antes que Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinasse o comparecimento Jair Bolsonaro na Polícia Federal nesta sexta-feira, 28, o ministro tentou ouvir o presidente da República pelo menos duas vezes. A primeira notificação para a oitiva ocorreu em 29 de novembro, quando Bolsonaro alegou ter uma agenda corrida, com “uma série de compromissos”. Desde então, ele tirou férias, andou de jet ski na praia, visitou um parque de diversões e foi a um jogo de futebol. Só esta semana, o presidente não teve compromissos  oficiais durante dois dias consecutivos.

Diante da resistência do Planalto em marcar dia e horário para que o presidente prestasse depoimento, Alexandre de Moraes determinou que Bolsonaro compareça à Superintendência da PF na tarde desta sexta. Ele terá que prestar informações no inquérito que apura o vazamento de dados sigilosos de uma investigação sobre ataques cibernéticos ao Tribunal Superior Eleitoral.

Na primeira tentativa do STF para ouvir Bolsonaro, a Advocacia-Geral da União pediu mais 60 dias para o agendamento do depoimento. Moraes aceitou aumentar o prazo em 45 dias, com data final em 28 de janeiro. Durante esse tempo, Bolsonaro e a AGU não se manifestaram no processo. Procurada na noite de quinta-feira, a assessoria de imprensa da Advocacia-Geral da União informou que não poderia antecipar a atuação no inquérito e que qualquer manifestação ocorrerá nos autos.

Bolsonaro tem um histórico de embates com Alexandre de Moraes. Em maio de 2020, após uma operação policial contra aliados do Planalto deflagrada por ordem do ministro, o presidente da República usou palavrões contra Moraes. “Acabou, porra. Não dá para admitir mais atitudes de certas pessoas, tomando de forma quase que pessoal certas ações”, disse Bolsonaro, aos gritos.

No feriado de 7 de setembro do ano passado, o presidente discursou na Avenida Paulista e disse que não cumpriria mais decisões do ministro. “Dizer a vocês que qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou, ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar da sua vida. Ele, para nós, não existe mais”, afirmou.

Diante do risco de uma crise institucional, Bolsonaro divulgou uma carta dois dias depois, redigida com apoio do ex-presidente Michel Temer, responsável pela indicação de Moraes para o STF. No documento disse que nunca teve “intenção de agredir quaisquer dos poderes”.

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  1. o presidente da República é inviolável e só pode ser processado sob autorização expressa do congresso nacional .. eu sequer daria trela e se insistisse usaria o Art 142 da CF que reafirmo mais cedo ou mais tarde será usado nesta guerra suja contra o Estado brasileiro .. Brasília não só fede mas falta um macho por lá.

    1. Verdade, faltam machos lá. Como o próprio PR afirmou, só tem maricas. A começar por ele. O "machão" só tem uma bocarra como um jacaré (talvez depois de ter tomado a vacina), nada mais.

    1. Acho que decidirá casar com o juiz, pois o Moraes, segundo depoimentos da época, é parecido com o Aristides!

  2. Sr. Alexandre de Moraes já que gosta de se meter onde não é da sua conta, deveria investigar porque empresas particulares tinham senhas e apagaram os registros da eleição de 2018. Barbaridade.

    1. Muar Júlio, ele é juiz e o processo caiu sobre sua relatoria, não é questão de saber se é ou não da conta do carequinha, mas sim de saber se ocorreu ou não o crime.

    2. Cadê a prova Júlio? Sem provas, tudo não passa de zurros Bozistas!

  3. Está muito claro que o Palhaço Genocida não irá comparecer para dar esclarecimentos. Resta saber qual será a reação do carequinha agora...rs.. Vai dobrar a aposta ou vai afinar?

  4. Kkkkkkkkkkk..Não precisa repor não. Se eu fosse o Moraes eu emitiria imediatamente ordem de prisão perpétua por genocídio e traição à pátria. Somente assim a noivinha do Aristides pararia de destruir a nação.

    1. Passou da hora de repor o ocupante da cadeira presidencial. Agiliza aí, Xandão.

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