Danilo Verpa/Folhapress

Bancos negam acusações feitas em delação de Palocci

04.10.19 17:10

Dois bancos citados na delação do ex-ministro Antonio Palocci (foto) à Polícia  Federal, conforme informou a edição semanal de Crusoé, negaram as acusações de terem se beneficiado ilegalmente em troca de pagamentos de vantagens nos governos Lula e Dilma Rousseff.

O Itaú Unibanco informou, em relação ao anexo da delação do ex-ministro sobre a disputa judicial com o Multiplic, lamentar que Palocci tenha usado o nome do banco “indevidamente” para “tentar obter vantagens em acordos com a Justiça”. Palocci afirmou à PF ter atuado para o governo apoiar o Unibanco, antes da fusão com o Itaú, no processo. Mas o Itaú Unibanco alegou que a ação foi encerrada em 2008 por um acordo entre as partes, após o banco ter sido condenado no Superior Tribunal de Justiça. No Supremo Tribunal Federal, acrescenta o comunicado da instituição financeira, o recurso do Unibanco foi indeferido por questões processuais.

Sobre as doações eleitorais que Palocci afirmou terem sido feitas para facilitar a  fusão entre o Itaú e Unibanco, o banco diz que “doou montantes iguais aos candidatos que lideravam as pesquisas de opinião, conforme consta nos registros do TSE, o que deixa claro que não houve privilégio a qualquer um dos partidos”.

O BTG Pactual também voltou a negar as acusações feitas por Palocci de ter se beneficiado do vazamento antecipado de mudanças da Selic, a taxa de juros determinada pelo Banco Central. A acusação levou a uma operação de busca e apreensão na sede da instituição na quinta-feira, 3, em São Paulo.

Em um comunicado, o BTG voltou a informar que o fundo alvo da operação Estrela Cadente era apenas administrado pelo banco. O BTG afirma que não tinha “poder de gestão ou participação” sobre o fundo.

Procurado por Crusoé, a Votorantim S/A informou que repudia “as especulações que teriam sido feitas pelo delator Antonio Palocci e, por razão de princípio, não se manifesta sobre vazamentos”.  O ex-ministro afirmou ter  agido para livrar o banco de dificuldades financeiras.

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  1. Antônio Ermírio de Moraes sempre posou de ético e anticorrupção... Agora aparecem estas denúncias do Palocci contra o banco Votorantim, de suas empresas. Onde fica a ética, de uma pessoa que foi cotada até para ser candidato à presidente da República ? Pelo jeito era só fachada !

  2. Esses agiotas legalizados sabem muito bem que tudo que o Palocci contou é a pura verdade, ganham fortunas praticando com a prática criminosa de informação privilegiada, comprando linhas de crédito junto a bancos estatais, comprando sentenças judiciais e fazendo jogo de influência, a delação do Palocci mostrou o que todos desconfianças mas não acreditavam que seria possível tanta corrupção.

    1. Gastar nosso tempo com o óbvio. Putz tá acompanhando o JB.

  3. Devem ser Bradesco e Itaú. Bom motivo para auditar esses bancos por um banco americano confiável. Ñ vai sobrar um tostão nos cofres.

  4. NÃO SERIA O CASO DE INVESTIGAR O BANCO CENTRAL TAMBÉM ? SÃO DUAS PONTAS , E O BC PARECE SER ´´ DIVINO, INTOCÁVEL´´. NÃO É OBRIGAÇÃO DO BC VIGIAR OS NEGÓCIOS DOS BANCOS ?

  5. Tudo santo, todos acima do bem e do mal. Já pensaram no potencial de faturamento que essas instituições tem com informações privilegiadas recebidas de governantes inescrupulosos? Só olhar o tamanho do lucro deles!

  6. Óbvio que todos corruptos vão dizer que são vítimas...ainda mais os banqueiros da nação.govenada por ORCRIM (disfarçada de partidos)

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