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As consequências da briga entre o partido Peru Livre e o presidente Pedro Castillo

15.10.21 08:34

O partido Peru Livre, do presidente Pedro Castillo (foto), anunciou que não se posicionará a favor do voto de confiança do novo gabinete de ministros.

Após vários desentendimentos com seus ministros, Pedro Castillo fez uma reforma no gabinete no início de outubro, o que reduziu a influência do partido Peru Livre, comandando pelo marxista-leninista Vladimir Cerrón. A mudança não desceu bem no grupo. No comunicado desta quinta, 14, o partido acusou um “giro político do governo e seu gabinete para a centro-direita“.

Uma das hipóteses para explicar o distanciamento do partido é que o Peru Livre está apostando no radicalismo para competir nas eleições regionais e municipais do ano que vem. Se for isso, a estratégia terá consequências. “Em primeiro lugar, o partido perderá a popularidade que emprestava do presidente. Além disso, ao negar a moção de confiança, o partido estará votando ao lado da direita mais dura, o que afastará eleitores“, diz o cientista político peruano Eduardo Dargent.

O presidente Pedro Castillo, por sua vez, também sofrerá com a posição do partido, que tem 37 dos 130 deputados. “Considerando que bastam 87 votos no Congresso para remover o presidente, Castillo ficará muito mais dependente dos deputados de centro”, diz Dargent.

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