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Morre Diego Maradona, aos 60 anos; ‘Você foi o maior de todos’, diz presidente argentino

25.11.20 14:03

O ex-jogador de futebol argentino Diego Armando Maradona morreu nesta quarta-feira, 25, aos 60 anos. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória na sua casa em Tigre, perto de Buenos Aires, dias após passar por uma cirurgia para drenar uma pequena hemorragia no cérebro.

Campeão mundial de futebol em 1986, Maradona foi um apoiador de governantes de esquerda da América Latina. Ele tinha uma tatuagem de Che Guevara no braço direito. Tornou-se amigo de Fidel Castro, a quem também lhe homenageou com uma tatuagem na perna. Ele visitou Cuba várias vezes e no ano passado prometeu reconhecer três filhos na ilha comunista. Encontrou-se com o boliviano Evo Morales e com os ditadores venezuelanos Hugo Chávez e Nicolás Maduro.

Maradona também foi um apoiador de Cristina Kirchner e de Alberto Fernández, o atual presidente (na foto, com Maradona). Nas redes sociais, ele comemorou a vitória da dupla peronista nas eleições do ano passado. Recentemente, apoiou as negociações da dívida argentina, que foram lideradas pelo ministro Martín Guzmán.

“Hoje nosso país vive um momento muito difícil. Não só por causa do coronavírus, mas também porque temos uma dívida enorme, impossível de pagar. Já vivemos isso e não pode acontecer conosco novamente. Não queremos mais desemprego, não queremos mais fome, não queremos mais pobreza. Temos que nos manter unidos como antes e defender a bandeira argentina. Então, força, Alberto Fernández! Avante, Martín Guzmán, nessa negociação! Estamos colocando em jogo o futuro do nosso país. Deus e o povo argentino estão com você!”, escreveu Maradona nas redes sociais em meados do ano.

O presidente Alberto Fernández comentou a morte em uma mensagem nas redes sociais nesta quarta: “Você nos levou ao topo do mundo. Você nos fez imensamente felizes. Você foi o maior de todos. Obrigado por ter existido, Diego. Nós vamos sentir sua falta por toda a vida”.

O boliviano Evo Morales também publicou um texto na internet: “Com dor na alma tomei conhecimento da morte do meu irmão Diego Armando Maradona. Uma pessoa que sentia e lutava pelos humildes, o melhor jogador de futebol do mundo”.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que Maradona foi “um irmão e amigo incondicional da Venezuela”.

No Twitter, o ex-presidente Lula afirmou que Maradona tinha um “compromisso com a soberania latino-americana” e “solidariedade com as causas populares”.

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  1. Eiiii, Maradona..." Compromisso com a soberania latino-americana"?...Por favor, na vida pessoal era um cheirador de cocaina do caralho e como homem do futebol se gabava por ter feito um gol irregular com a mão e por ter colocado produto na água dos jogadores brasileiros...Que merda de compromisso tinha alguem que não tem moral para tal...???

  2. Talvez o fato de os argentinos (assim como os brasileiros) glorificarem um gol feito com a mão - desonesto, portanto - seja parte da explicação da decadência argentina.

    1. Vc tem razão Jose, mas dificilmente vc vera na AL um país que despontou definitivamente para o primeiro mundo. A sina destes países é o Terceiro Mundo devido à mediocridade de suas autoridades e lideranças, públicas e privadas, todos viciados nas mais variadas formas de corrupção. O país e seu povo jamais serão suas prioridades. Democracia é só uma retórica ditatorialmente defendida a todo custo para manutenção dos privilégios estatais e contínua opressão ao povo.

    2. Não. A decadência Argentina é o resultado da alternância entre o peronismo (=lulismo no Brasil) e as ditaduras militares (=Bozismo e regimes militares) e o fracasso da industrialização lá. O Brasil precisa escapar desta dicotomia política e investir novamente em indústrias sob risco de seguir o mesmo caminho.

  3. É uma pena que tendo jornalistas de excelente nível, ninguém tenha dedicado alguns minutos para ler um pouco da história de Maradona, do que representou para o futebol mundial, para poder escrever uma nota digna.

    1. Eu acredito ter assinado uma revista política, a revista de esporte, não acredito estar incluída nessa assinatura. Ademais o “exemplo de humano” que o Maradona deixou como legado, supera seus “skills” no futebol. No thanks

  4. Não morreu: apenas Jogou a vida fora, com as condutas desregradas, o desconhecimento de todas as relevâncias, as péssimas companhias e péssimas referências como as citadas, embora se deva, evidentemente, reverências ao seu imenso talento, inquestionavelmente o segundo maior do mundo.

  5. O que sai da boca desse vagabundo comunista vai direto para o esgôto. Nada se aproveita. Quanto ao Maradona, meus pêsames à familia. Que Deus o acolha.

  6. Em campo e com a bola nos pés foi gênio e genial. Porém ao idolatrar as ditaduras, será lembrado apenas como um grande jogador.

  7. Com todo respeito ao Maradona pelo seu futebol e que siga em paz pra onde quer que tenha ido, mas o maior jogador do mundo de todos os tempos é indiscutivelmente o PELÉ.

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