Além de Pazuello, outros nove militares estão na mira da CPI
O depoimento do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, à CPI da Covid não é a única fonte de preocupação das Forças Armadas. Pelo menos nove oficiais militares da ativa e da reserva podem ser convocados pela comissão de inquérito que investiga as omissões e falhas do governo federal no combate à pandemia. Ex-comandante do...
O depoimento do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, à CPI da Covid não é a única fonte de preocupação das Forças Armadas. Pelo menos nove oficiais militares da ativa e da reserva podem ser convocados pela comissão de inquérito que investiga as omissões e falhas do governo federal no combate à pandemia.
Ex-comandante do Exército, o general Edson Pujol (foto) está entre os possíveis depoentes. O senador Alessandro Vieira, do Cidadania, apresentou requerimento para que o militar explique por que o Exército “produziu medicamentos sem eficácia comprovada em larga escala”. O laboratório farmacêutico da instituição atuou na ampliação da produção de cloroquina para distribuição aos estados, sob ordem de Jair Bolsonaro.
O ministro da Defesa, general Braga Netto, também está na lista dos militares que os senadores pretendem ouvir na CPI. Como ministro da Casa Civil, ele coordenou o "comitê de crise" responsável por monitorar os impactos da Covid-19. Segundo o senador Humberto Costa, do PT, autor do requerimento para convocar o general, Braga Netto “era um grande tomador ou ratificador de decisão relativas às ações e omissões do governo federal na pandemia, respondendo apenas ao presidente da República”.
O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde coronel Élcio Franco também é considerado presença garantida na CPI – ele era o número dois da gestão Pazuello e deve ser chamado depois de cumprir quarentena. Franco, que integrava a equipe de treinamento de Pazuello para a CPI, testou positivo para Covid-19 nos últimos dias e esse foi um dos motivos alegados pelo ex-ministro da Saúde para adiar seu depoimento para o dia 19.
O coronel Haroldo Paiva Galvão, diretor do laboratório do Exército, e o coronel João Vicente de Oliveira, que comanda a área farmacêutica da Aeronáutica, também podem ser ouvidos, assim como o tenente-coronel Alex Lial Marinho, que foi coordenador-geral de Logística de Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, e o coronel Luiz Otávio Franco Duarte, ex-secretário de Atenção Especializada da pasta.
A CPI avalia ainda a oitiva do almirante Flávio Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, que é hoje um dos principais auxiliares de Jair Bolsonaro.
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Comentários (8)
Cleide Lins
2021-05-08 22:21:04Na verdade e apresentado o devido respeito ao nosso Exército como Instituição de Estado, embora tenha sido desastroso a “missão de alguns” no governo, como é o caso de Pazuello e seus coronéis, outros militares contribuíram muito ao não chancelar o auto golpe sempre almejado pelo presidente, ex vi de suas ações contra os poderes Judiciário e Legislativo. Entre eles destaca-se o gen. Édson Pujol, exemplo de militar correto e que deve ser tratado com respeito pela CPI, que não pode errar a mão.
Odete6
2021-05-08 17:27:16Certo. E que fique bem clara a LISTA DE QUEM DEVOLVERÁ O PREJUÍZO CAUSADO AO ERÁRIO E MAIS AS INDENIZAÇÕES ÀS VÍTIMAS DA CLOROQUINA!!!!!
Nelson
2021-05-08 14:01:47E os responsáveis por esconder o estudo do CEEEx sobre distanciamento?
Edvaldo
2021-05-08 13:59:49Esses militares são muito caras de paus. Todos conheciam de sobras o chefe e sabiam que ia dar nisso. Tudo isso só para melhorar as respectivas rendas. A militada mudou muito.
João
2021-05-08 10:48:25Entre a CPI e a ABIN,fico com a segunda,pois ela irá provar que "nenhum" governador desviou recursos da saúde,todos se basearam na "ciência política " sempre pensando no " melhor para o povo ", e não devem ser "perseguidos "......
Mario
2021-05-08 09:40:42Falta chamar os governadores que glorificaram a ciência, para explicarem qual princípio científico utilizaram para fechar os hospitais de campanha e tiveram meses para se prepararem para a segunda onda de contágios e nada fizeram.
Maria
2021-05-08 09:12:54Simples assim, um manda e os outros obedecem.
Antonio
2021-05-08 08:11:56Bom q se ouça a todos, sem exceção, como querem alguns , já q estão dificultando investigação dos Estados e Municípios, devido a grande corrupção no meio.Isso sim foi responsável por muitas mortes e agravamento de casos. Bolsonaro não é exemplo p muita coisa , mas entregou direcionamento e dinheiro em volumes nunca vistos p referido combate, conforme determinação do próprio asqueroso supremo - stf minúsculo.