Agência Brasil

Além da filha, prima de Serra fez transação com operador do tucano

05.07.20 08:01

As principais provas da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra o senador José Serra (foto) na sexta-feira, 3, são as transações entre uma empresa no exterior em nome de sua filha, Verônica, e José Amaro Pinto Ramos, apontado como operador financeiro do tucano pelos delatores da Odebrecht.

As movimentações que renderam a denúncia por lavagem de dinheiro contra Serra são todas de 2006 a 2007 e alcançaram a casa dos 900 mil euros. Uma das empresas de Pinto Ramos, a Hexagon Technical Co, chegou a repassar 326 mil euros para a Dortmund, offshore controlada por Verônica Serra e sediada no Panamá. O objetivo, segundo documentos do MPF, seria a aquisição de obras de arte.

Dados de outra investigação da Polícia Federal, relacionada à refinaria de Pasadena, cuja compra superfaturada deu origem a um dos principais escândalos a envolver a ex-presidente Dilma Rousseff, do PT, mostram que a Hexagon de Pinto Ramos, na mesma época, realizou transações com uma empresa de uma prima de Serra.

Trata-se de Vicencia Talan, que aparece nos documentos enviados pela Espanha para a investigação sobre Pasadena como presidente da offshore Iberbrás Integración. Entre os anos de 2007 e 2008, em valores atualizados, a Iberbrás repassou 3,2 milhões de reais para uma conta na suíça em nome da Hexagon Technical Co.

Vicencia é casada com Gregório Marin Preciado, apontado pela PF como responsável por distribuir para políticos propina proveniente da compra da refinaria de Pasadena.

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