Acusado confirma propina a Baldy, o 'Zé Bonitinho', por meio do pai dele
Apontado como gestor do caixa dois da organização social Pró-Saúde que administra hospitais públicos no Rio de Janeiro, o ex-diretor financeiro Carlos Alberto Giraldes confirmou, em depoimento ao Ministério Público Federal, pagamento de propina feito pela entidade em 2014 ao ex-ministro Alexandre Baldy (foto), atual secretário licenciado do governo João Doria em São Paulo. Em...
Apontado como gestor do caixa dois da organização social Pró-Saúde que administra hospitais públicos no Rio de Janeiro, o ex-diretor financeiro Carlos Alberto Giraldes confirmou, em depoimento ao Ministério Público Federal, pagamento de propina feito pela entidade em 2014 ao ex-ministro Alexandre Baldy (foto), atual secretário licenciado do governo João Doria em São Paulo.
Em depoimento prestado na última quinta-feira, 13, Giraldes contou à força-tarefa da Lava Jato do Rio que ao menos um pagamento de 340 mil reais foi feito para Baldy, por meio do pai dele, Joel de Sant'anna Braga, que era conhecido como "TJ". Segundo o ex-diretor, Baldy era chamado entre as pessoas da Pró-Saúde de "Zé Bonitinho", "Bonitinho" ou "Cabelo".
O dinheiro teria saído do caixa dois da Pró-Saúde abastecido com recursos desviados de um contrato de gestão de um hospital estadual de Goiás, onde Baldy nasceu e foi eleito deputado federal em 2014. O depoimento de Giraldes confirma o relato de três delatores ligados a Pró-Saúde que acusaram o ex-ministro das Cidades do governo Temer de receber 500 mil reais naquele ano.
Giraldes foi um dos 11 denunciados ao lado de Baldy na segunda-feira, 17, pela força-tarefa da Lava Jato do Rio. Segundo a denúncia, o atual secretário licenciado do governo Doria recebeu 2,6 milhões de reais de propina entre 2014 e 2018 em três esquemas distintos, envolvendo o governo de Goiás e a Fiocruz, fundação controlada pelo governo federal.
No depoimento obtido por Crusoé, o ex-diretor da Pró-Saúde, que também se envolveu em casos de corrupção com o governo do Rio de Janeiro na gestão de Sergio Cabral, contou que foi o pai de Baldy quem pediu dinheiro à entidade para a campanha eleitoral do filho, em troca de facilidades para conseguir mais contratos com o governo de Goiás e de receber pagamentos atrasados pela gestão do hospital público.
Alexandre Baldy, que chegou a ser preso no dia 6 de agosto, mas foi solto dois dias depois por uma liminar do ministro Gilmar Mendes, nega as acusações.
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Comentários (1)
Lilian
2020-08-19 00:48:43Apostemos no SUS, gente. Havendo GESTÃO, GOVERNANÇA E RECURSOS, será ainda mais efetivo. É só cumprir o que está escrito!