MPF denuncia Mário Peixoto e outros 16 por 'danos' de mais R$ 500 mi à saúde do RJ
A força-tarefa Lava Jato no Rio denunciou o empresário Mário Peixoto e outras 16 pessoas por “danos” de mais de 500 milhões de reais à área de saúde do Rio de Janeiro. Os acusados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução às investigações. O Ministério Público Federal sustenta que o esquema...
A força-tarefa Lava Jato no Rio denunciou o empresário Mário Peixoto e outras 16 pessoas por “danos” de mais de 500 milhões de reais à área de saúde do Rio de Janeiro. Os acusados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução às investigações.
O Ministério Público Federal sustenta que o esquema de corrupção comandado por Peixoto se arrasta desde 2012. O caso foi exposto no mês passado pela Operação Favorito, com a prisão preventiva de cinco pessoas — incluindo o empresário — e o cumprimento de 42 mandados de busca e apreensão, além da intimação de 11 investigados para prestar depoimento.
De acordo com a Procuradoria, Mário Peixoto chefiava, por meio de terceiros, a contratação de organizações sociais e de pessoas jurídicas ligadas a ele pelo estado do Rio de Janeiro, viabilizando o desvio de recursos. O esquema contava com quatro núcleos: econômico, administrativo, financeiro-operacional e político.
“O esquema criminoso que perdurou durante anos é de difícil detecção, haja vista a quantidade de interpostas empresas utilizadas, a movimentação de altos valores em espécie, a utilização de “laranjas” e a atuação sistemática da organização criminosa na destruição de provas e na realização de alterações societárias para o distanciamento dos reais proprietários das empresas do grupo, e somente foi desbaratado mediante a utilização de técnicas especiais de investigação, como interceptação telefônica, telemática, afastamentos de sigilos fiscal e bancário”, analisam os procuradores da Lava Jato.
A partir das investigações da Favorito, descobriu-se que o escritório de advocacia de Helena Witzel, primeira-dama do Rio, tinha um contrato com a DPAD Serviços Diagnósticos Ltda. Entre os sócios da empresa, estão Alessandro de Araújo Duarte e Juan Elias Neves de Paula, ligados a Peixoto e denunciados pelo MPF.
Essas apurações deram origem à Operação Placebo, que mira o desvio de recursos públicos na construção de hospitais de campanha em meio à pandemia do novo coronavírus. A lista de alvos do inquérito, que tramita no Superior Tribunal de Justiça, inclui o governador do estado, Wilson Witzel, Helena e o ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos.
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