‘Libera geral’
A ala mais experiente da Polícia Federal anda preocupada com a aproximação da corporação com a Abin, o serviço secreto do governo. Delegados tarimbados acreditam que a chegada de Rolando Alexandre ao cargo de diretor-geral, por indicação de Alexandre Ramagem (até então, eles vinham trabalhando juntos na agência), ampliará a cooperação entre os dois órgãos...
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A ala mais experiente da Polícia Federal anda preocupada com a aproximação da corporação com a Abin, o serviço secreto do governo. Delegados tarimbados acreditam que a chegada de Rolando Alexandre ao cargo de diretor-geral, por indicação de Alexandre Ramagem (até então, eles vinham trabalhando juntos na agência), ampliará a cooperação entre os dois órgãos e pode levar a uma indesejada – e arriscada – mistura de papéis. A Abin, que segue sob o comando de Ramagem após a tentativa frustrada de Jair Bolsonaro de transferi-lo para a direção da polícia, tem por atribuição produzir informações estratégicas para o governo. Já a PF lida com investigações criminais muitas vezes sensíveis que não podem cair nas mãos de políticos. À exceção de situações pontuais em que se exige o esforço tanto de policiais quanto de agentes secretos, como ameaças à segurança nacional ou suspeitas de terrorismo, são duas frentes de trabalho que não deveriam andar juntas. A “nova ordem” se alinha à vontade de Jair Bolsonaro, que até o rumoroso pedido de demissão de Sergio Moro vinha se queixando por não receber informações produzidas pelos diferentes órgãos do governo que lidam com inteligência. O risco, dizem delegados experimentados, é o de que a partir de agora ocorra uma espécie de “libera geral” no fluxo de informações para atender os desejos do presidente. Na prática, isso é possível: basta que, nas duas pontas, haja chefes dispostos a a permitir que circulem pelos canais oficiais de troca de informações os documentos de interesse do Planalto. Rolando Alexandre tem fama de profissional competente e comprometido com a instituição. Seu maior teste, porém, começa agora.
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Comentários (10)
Barral
2020-05-28 03:21:16Esta revista deveria se chamar Globoé. Nem disfarçam mais. Estão completamente alinhados com a Nave mãe.
FABIO
2020-05-27 16:54:28Leiam a OESTE revista muito boa
MARIO KUME
2020-05-25 08:05:40Do ponto de vista legal pode até haver algumas restrições de dados investigativos da PF ficar exposto ao Presidente Bolsonaro, porem na atual circunstancias onde a maioria dos parlamentares e STF articulando contra o governo seria um bom início para o combate. Vamos ver os desdobramentos...
Jenisvaldo
2020-05-24 22:30:58Existe algum impedimento de que o chefe de Estado rebeba informações sensíveis de intetesse da Nacão, seja de q fonte for? Deputadozinhos sem voto vão acompanhar isso? Pelo amor de Deus, essa prerrogativa é inafastável do eleito com milhões de voto.
Edson
2020-05-24 17:56:31Dito por delegados experimentados?? Façam-me o favor...
Tal
2020-05-24 16:28:50Será que a credibilidade da instituição PF, tão bravamente conquistada, vai rolar ladeira abaixo? Pro finado Joãozinho Trinta, isso tudo resultaria em um enredo (sofrível) no carnaval.
Luiz
2020-05-24 13:08:06A PF tem que prender prefeitos e governadores
Maria
2020-05-24 05:00:12É notório em Pernambuco a ação recente e tardia da PF, nesse momento é incrível para Pernambuco e ao mesmo tempo sabemos que o presidente vai interferir pois sabe que chega nele tb via Fernando Bezerra coelho
PAULO
2020-05-23 19:10:46A Lei é clara! Se alguém passar informações sigilosas a quem NÃO tem competência funcional para tanto incorre em CRIME. Portanto, quem tiver "notícia" de que houve algum desvio de função DEVE DENUNCIAR aos Órgãos competentes. Simples assim!
O fio do canivete
2020-05-23 14:11:04Vamos separar bem as coisas para depois juntar tudo de novo: O Lula foi um ladrao descarado e chefe da quadrilha que sempre pendurada no Poder, quase quebrou o Brasil (e seus lambe-saco são uns quadrilheiros sem escupulos, apátridas e sem vergonha). O Bolsonaro é um rufião despreparado e tem uma prole que como ele vive da política e poderão quebrar o país (e seus lambe-saco são uns militantes sem escrúpulos, apátridas e sem vergonha). No fundo são 2 espertalhões incultos e farinha do mesmo saco.