O anjo e o demônio
Há alguns dias, um amigo enviou-me pelo WhatsApp uma crônica de Paulo Mendes Campos, publicada em 1961, na revista Manchete. Conheci Paulinho, era assim que os seus amigos o chamavam, na década de 1980, quando eu trabalhava na Scipione, como editor de coleções de livros de ficção para jovens — uma delas, criada por mim,...
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Há alguns dias, um amigo enviou-me pelo WhatsApp uma crônica de Paulo Mendes Campos, publicada em 1961, na revista Manchete. Conheci Paulinho, era assim que os seus amigos o chamavam, na década de 1980, quando eu trabalhava na Scipione, como editor de coleções de livros de ficção para jovens — uma delas, criada por mim, chama-se Série Diálogo. Chama-se porque ainda existe, mas já não traz o meu nome no expediente. Descobri a ausência quando, por ordem da escola, o meu filho caçula leu um dos volumes, Guerra Dentro da Gente, de Paulo Leminski, cujo contrato foi assinado pelo escritor paranaense numa manhã fria de Curitiba, com ele tomando vodca na padaria e eu, um pingado. Era 1988.
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Comentários (10)
IVONAUTON
2020-05-09 11:49:25Grande Paulo Mendes Campos e Rubem Braga
Dione
2020-05-07 06:05:20Bellissimo testo!
FERNANDO
2020-05-03 09:35:35Belíssima crônica, emocionante!
Luiz
2020-05-01 19:20:36Gostei dos textos. Do seu e do dele.
Salvador
2020-04-28 03:12:28Com as companhias que teve durante a vida não me espanta, embora sempre me encante, a qualidade dos textos que produz. Grande Paulo Mendes Campos, padecente dos mesmos vícios que eu : mulheres lindas e sambucas
Orivaldo
2020-04-28 00:18:19Já escreveu tectos melhores!
Nelson
2020-04-27 21:31:02Sabino, obrigado pelas dicas; vou ler o Paulinho e tentar experimentar a Sambuca.
Jorge
2020-04-26 19:41:24Lembre-se: Sambuca com café.
Ary
2020-04-26 16:13:20Caríssimo Mario ( com base na intimidade, já que não nos conhecemos, que só a convergência de valores e interesses pode produzir), seus textos mais recentes instilam em um confrade de 1961 (fiz a conta...) uma imensa saudade de uma enormidade de coisas. Os tempos correntes nos impõem o isolamento e a abstinência, lamentável, de demonstrações de amor ao nosso sofrido e sacrificado Brasil. A opção de voto pela “não-esquerda” foi, ao meu ver, impositiva, mas vivemos certas sequelas. Siga a vida.
Mauro Carlos
2020-04-26 15:18:30Tenho exemplares autografados por PMC & FS após suas palestras no Ginásio Integrado Magdalena Kahn (GIMK), em 78 ou 79. Sobre a qualidade dos contos de ambos (assim também RB), desnecessário mencionar. O que quero dizer é que não sabia o quanto éramos, tu e eu, próximos em tempos anteriores ao Antagonista/Crusoé, revelando uma semelhança de gosto, opinião e percurso cultural. Bem haja.