Editores de estupros
Uma revista americana cortou Yascha Mounk de seu quadro de colaboradores porque ele foi acusado de um crime sexual. Neste caso, só há uma certeza: alguma injustiça foi cometida
Este conteúdo é exclusivo para assinantes
Yascha Mounk foi acusado de estupro. A notícia me entristece. Recentemente entrevistado nesta revista por Caio Mattos, o cientista político da Universidade Johns Hopkins tem servido de referência para alguns dos meus artigos mais recentes. Suas análises sobre o equívoco da racialização do conflito entre Israel e Palestina ou sobre as contradições do que ele chama de “síntese identitária” não saem invalidadas pelo escândalo. No entanto, a sombra do crime sexual agora pesa sobre a reputação de Mounk, sejam falsas ou verdadeiras as alegações contra ele.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (8)
MARCOS ANTONIO RAINHO GOMES DA COSTA
2024-02-25 19:28:49OU É UMA MENTIRA (O ESTUPRO) FEITA PARA PREJUDICAR UM CONCORRENTE.
MURILO MENDES
2024-02-24 20:13:07Um dilema. Se censura, será criticado. Se não censura, também. Mudando de assunto. Leio os três principais jornais do país: Folha, Estadão e Globo. Na Folha, o nível dos textos dos colunistas está cada vez pior. Leio a Crusoé também - não só - pela qualidade dos textos. E não perco suas colunas. É isso.
Carlos Renato Cardoso Da Costa
2024-02-24 06:46:533- Se há setor da sociedade que não se pode "democratizar" é a justiça. É péssima a ideia de deixar à opinião pública a condenação ou absolvição de alguém simplesmente pela justiça ser falha ou lenta. Que se trabalhe sobre a justiça, não que se permita que siga inoperante e se permita que a injustiça siga rampante, pela falha atuação da justiça, seja pela arbitrariedade do julgamento em praça pública.
Carlos Renato Cardoso Da Costa
2024-02-24 06:44:271- ninguém deve ser executado antes de julgado, mesmo que figurativamente. Isso pode parecer leniência com o crime, mas é um compasso de espera para evitar injustiças; 2- a obra não deve ser censurada, caberá ao consumidor da obra avaliar se o crime do autor interfere o suficiente com o seu desfrute da sua obra e ao editor avaliar se é ainda viável financeiramente publicá-la;
João Darcy da Rocha Júnior
2024-02-24 04:23:00Acusar sem provas nunca deve aceitável. Um dos princípios fundamentais do Direito é que é preferível soltar um culpado do que prender um inocente.
Daniel Vieira
2024-02-23 18:19:17Linchamento moral não pune o criminoso e pode destruir o inocente
Renata
2024-02-23 09:43:27É, assim como linchamentos (e muitas vezes da pessoa errada) ocorrem por inação de autoridades. Muito triste. Lembrei de Roman Polanski, Michael Jackson…
Albino
2024-02-23 07:37:37Terreno minado...