'Temos visto a negação da nação'
Antonio Risério, o antropólogo baiano que ajudou a pensar as campanhas presidenciais do PT, diz que o Brasil precisa se libertar das fantasias identitárias e do maniqueísmo rasteiro que sustenta o populismo de Bolsonaro e Lula
Este conteúdo é exclusivo para assinantes
O baiano Antonio Risério, de 67 anos, abandonou a escola logo no início do colegial em Salvador, por estar insatisfeito com a qualidade do ensino. Seguiu com os estudos por conta própria e entrou para uma organização clandestina de esquerda, a Política Operária, Polop. Em 1968, foi preso pela ditadura militar, mas preferiu não entrar na luta armada, para ingressar na “contracultura”. Em 1995, mesmo sem ter cursado a faculdade, ele defendeu na Universidade Federal da Bahia uma tese de mestrado em sociologia, com especialização em antropologia, e conseguiu o título de antropólogo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
Monalisa
2021-11-20 06:10:29Sensacional!!!! Há anos não leio nada tão inteligente quanto à este artigo no que se refere à essa "militância".
CÉLIO OPPEZZO
2021-10-23 11:34:25Excelente entrevista. Só discordo do que ele diz no último parágrafo, pois a corrupção é uma dos sustentáculos da miséria. Nem diria da desigualdade social, pois não acredito nessa igualdade, mas a corrupção consome os recursos que seriam usados para combater a miséria e melhorar a vida de todos que vivem nesse país.
CARLOS CESAR MACHADO
2021-10-19 16:38:19De onde tirou a ideia que os nordestinos não são nem de direita e nem de esquerda, são subornáveis? Baseado em que, diz isso? O resto do país fica como?
ADALBERTO DENSER DE SA JUNIOR
2021-10-15 16:37:01Excelente entrevista. Antonio Risério é uma das vozes mais lúcidas do Brasil.
NEUTTON
2021-10-14 16:23:09Entrevista brilhante! As resposta ao último questionamento tenho minhas dúvidas.
Marcelo D.
2021-10-13 17:07:46Excelente entrevista!
ADIR
2021-10-13 16:10:46Brilhante!!
Silvio
2021-10-12 19:07:23Excelente entrevista.
Florival Carmo de Sousa
2021-10-12 11:30:03Exceto pelo último parágrafo a entrevista foi soberba, esclarecedora, irrepreensível. Quero conhecer mais do entrevistado, comprar seu livro. Agora, dizer que "o problema maior do país não está na corrupção" é, no mínimo, ignorar que esta alimenta e fomenta a desigualdade social. A corrupção necessita que a desigualdade social se mantenha viva, ela, a corrupção, não é necrófaga. A luta contra a desigualdade social se fará vã se a corrupção se vê incólume em todos os seus tentáculos.
Juerg
2021-10-12 01:46:58Ninguém está negando a existência da mestiçagem! Não se trata disso! A única questão que interessa a respeito da mestiçagem é se ela é assumida ou não na sociedade! E o racismo no Brasil não é importado - é 100 % caseiro!