ReproduçãoAção do PT e do PL acusa o senador de não ter declarado mais de 2 milhões de reais na prestação de contas

Os abutres de Moro

Políticos se movimentam para ocupar a cadeira do senador, que corre alto risco de ter o mandato cassado
20.07.23

O sistema não está disposto a perdoar os ex-integrantes da Operação Lava Jato que ganharam mandato nas urnas. Depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar o mandato de deputado de Deltan Dallagnol, em maio, a atenção se voltou contra o senador Sergio Moro, ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba. O progresso dos casos contra ele e algumas mudanças recentes na estrutura do Judiciário no Paraná elevaram a chance de Moro perder o mandato. Em paralelo, políticos já começaram a salivar pela sua cadeira.

A história tem início ainda no final de 2021, quando Moro iniciou sua carreira política filiando-se ao Podemos. Seis meses depois, ele se desentendeu com o partido, que pretendia lançar Álvaro Dias à reeleição no Senado. Nos últimos dias da janela de filiação, Moro optou pelo União Brasil e com essa sigla sagrou-se vencedor. Ele obteve 1,95 milhão de votos, quase seis vezes o obtido por Deltan na disputa pelo cargo de deputado.

A questão é que o Podemos gastou pelo menos 2 milhões de reais com o ex-juiz enquanto ele estava em seus quadros, e esses valores não foram incluídos na prestação final de contas da campanha de Moro. O montante ajudou a custear pesquisas, prover segurança, pagar custos de viagens e um salário mensal ao então pré-candidato.

Para especialistas, o caso tem gravidade. “Nitidamente foram feitos gastos  durante a pré-campanha, que não foram apresentados”, argumenta o constitucionalista Acácio Miranda. “Hoje não há jurisprudência consolidada sobre a figura do pré-candidato, mas, se fizermos um paralelo com a omissão na prestação de contas, aí há gravidade e dezenas de casos que resultaram na cassação do mandato.”

“Tendo em vista a magnitude dos gastos, que não estão disponíveis para grande parte dos demais candidatos, é possível que Sergio Moro seja condenado por abuso de poder econômico”, pondera o advogado e professor de Direito Constitucional Antonio Carlos de Freitas Junior. O PT apresentou uma ação na Justiça eleitoral e o PL, outra, questionando a omissão nas contas. Os casos foram unificados, como orienta a lei.

Ainda não há uma data para que o julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O momento é o de coleta de provas. Apesar de não ser possível indicar com certeza os votos, mudanças recentes na corte eleitoral permitem apontar tendências.

Antes, o processo que tramita no TRE-PR estava com Mario Helton Jorge, mas o desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná caiu em desgraça após ser flagrado em um vídeo dizendo que o Paraná “tem nível cultural superior ao Norte e ao Nordeste“, sem “o jogo político dos outros estados“. Ele se afastou do TRE no início de julho e agora o caso está com D’Artagnan Serpa Sá. A mudança prejudica Moro, porque Mario Helton Jorge tinha proferido algumas decisões favoráveis ao senador.

Outra troca de cadeira que deve atrapalhar Moro foi a indicação, por Lula, do advogado Julio Jacob Junior para integrar a Corte paranaense, em abril. Nos meses anteriores, Jacob viajou a Brasília para buscar apoio para sua nomeação. Nas conversas que teve, ele disse que não deixaria de condenar Moro diante de provas de ilícitos eleitorais. Com esse discurso, cativou petistas.

Outro integrante do tribunal paranaense, Thiago Paiva dos Santos, tem alianças amplas. Ele foi indicado para o cargo por Jair Bolsonaro quando Sergio Moro era ministro e é casado com uma sobrinha de Ricardo Barros, ex-líder de Bolsonaro na Câmara. Integrante da cúpula do PP, Barros é um dos que desejam  concorrer pela vaga de Moro, caso o senador seja cassado. “Havendo eleições suplementares, irei concorrer. Mas não temos ideia do prazo, e se o tribunal irá manter a jurisprudência”, disse ele a Crusoé.

As eleições suplementares seriam o passo seguinte em caso de cassação,  porque, como se trata de um cargo majoritário e único para todo o estado, não caberia uma mera substituição, como ocorreu com Deltan Dallagnol, cuja vaga foi ocupada por Luiz Carlos Hauly, do mesmo partido, o Podemos. Na terra da carne de onça, a iguaria curitibana com carne crua temperada, os abutres já sobrevoam o terreno.

A primeira-dama Janja, que nasceu em União da Vitória, sul do Paraná, está animadíssima com a perspectiva de um novo pleito. No dia 26 de junho, ela publicou uma foto no Twitter ao lado da ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também paranaense. “E o dia começou com uma excelente conversa com essas duas mulheres maravilhosas! Ministra Anielle Franco e a futura senadora Gleisi”, escreveu Janja. A mensagem foi interpretada como anúncio de que Gleisi, hoje na Câmara dos Deputados, tem carta branca para buscar o Senado na vaga de Moro. A própria Gleisi ainda não falou sobre o assunto.

A manifestação de Janja não passou despercebida e criou fissuras dentro do partido. Quem não gostou foi Roberto Requião, que também está de olho na oportunidade. Militante histórico do MDB, o ex-governador e ex-senador entrou no PT no ano passado para concorrer ao governo do Paraná, mas não passou do primeiro turno. Desde então, suas críticas ao partido e ao governo se tornaram públicas.

Requião só aceitaria abrir mão de concorrer ao Senado em favor de seu filho, o deputado estadual Requião Filho (PT-PR), que cogita inclusive mudar de partido, caso o pai seja escanteado. Ele não descarta ir ao Solidariedade ou à Rede Sustentabilidade. “Eu só abro mão para o Requião, dentro do PT ou fora dele”, disse o Filho.

Ele acusa a cúpula do partido de minar a força política do pai — e expõe até antigos traumas para explicar seu ponto. “Qualquer intenção interna de disputar com o nome do Requião chega a ser, no meu entendimento, uma demonstração de que o PT nunca nos quis lá dentro de verdade, que só fomos usados nas últimas eleições”, diz. O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), atual namorado de Gleisi Hoffmann, tenta negociar uma trégua entre as partes.

Um quarto petista, o deputado federal Zeca Dirceu, tenta se cacifar como nome de consenso para a disputa. Ele precisará das bênçãos dos Requião e de Gleisi para se consolidar.

Caso ocorra a eleição, obviamente o PT terá candidato, é natural porque o PT é um partido que teve um bom desempenho no Sul e no Paraná”, diz Arilson Chiorato, deputado estadual e presidente estadual do partido. Ele acredita que Gleisi deverá está bem posicionada para conquistar a vaga, mas afirma que a decisão só será tomada quando o processo de Moro for concluído. “Ainda não sentamos e não discutimos, porque é uma coisa muito incerta.”

O maior entrave para qualquer nome do PT ocupar a vaga de Moro são os eleitores do Paraná. No segundo turno do ano passado, Jair Bolsonaro teve 62% dos votos. Lula ficou com 37%. Na disputa pelo Senado, os três primeiros nomes eram de direita. Moro teve 33%, Paulo Eduardo Martins (PL) ficou em segundo com 29% e Álvaro Dias (Podemos) em terceiro, com 23%. Rosane Ferreira, a mais bem votada candidata ao Senado pela esquerda, concorreu pelo PV e teve 8%.

No lado da direita, os possíveis candidatos são mais comedidos. Paulo Eduardo Martins, que concorreu pelo bolsonarismo e ficou em segundo lugar em 2022, foi cauteloso e não se referiu à cassação de Moro como certa. “Caso ocorra uma nova eleição, com certeza serei candidato pelo PL. Nunca deixei de fazer o meu trabalho político, tampouco o meu trabalho na mídia”, disse o ex-parlamentar. “Portanto, estarei pronto caso a situação realmente ocorra. No entanto, até que a Justiça decida, respeito a situação atual”. No caso de uma eleição suplementar, Martins estaria em uma situação peculiar: a de pedir apoio, em nome do PL, a um senador que seu partido ajudou a cassar.

Há ainda o nome de Luiz Claudio Romanelli (PSD), que já demonstrou interesse na vaga. O deputado estadual é o líder do governo dentro da Assembleia Legislativa e é ligado ao partido do governador Ratinho Jr. E também o de Ricardo Barros, secretário de Indústria e Comércio do Paraná, já citado nesta reportagem.

Caso a cassação do senador Sergio Moro se confirme, esse seria mais um golpe desferido contra a Lava Jato — pouco após o afastamento de Deltan, numa decisão com base mais do que frágeis do TSE. A operação que expôs a corrupção generalizada no Brasil tem gerado um revide inédito contra os seus ex-integrantes, e muitos estão de olho no espólio.

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  1. Moro devia ter ficado nos EUA, onde certamente teria grandes opoetunidades, ao invés de se meter no lodo pútrido de brasilia.

    1. Com certeza seu maior erro. Ele é novato de mundo de cobras peçonhentas.. mas eu sempre imaginei que Moro tivesse cartas na manga para desbancar principalmente Gilmar Mendes

  2. E a simone, hein? Levou um "tááábéfe" do cretino de quem ela se sujeitou ser capacho, em busca de mera vitrine, ao invés de ter dado força para a TERCEIRA VIA, onde O DR. SÉRGIO FERNANDO MORO era O MAIS VIÁVEL, PREPARADO E SONHADO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DOS BRASILEIROS DECENTES. Que indigente e humilhante papelão esse de cooptar com um ladrão em ""sem-nome tábefe""!!!!

    1. (corretor...) Que indigente e humilhante papelão esse de cooptar com um ladrão, HEIN, ""sem-nome tábéfe""???!!!

    2. (corretor...) Que indigente e humilhante papelão esse de cooptar com um ladrão, HEIN, ""sem-nome tábéfe""???!!!

    3. E, na REAL-""REALISTA"", não tem essa de "esquerda e direita". Bandidos são apenas bandidos e os há de todas as vertentes, em todas as vertentes e, todos perfeitamente locupletados. Bandidos são apenas uma mera geodésia de seus próprios interesses. Não importa o ""foco infeccioso"".

  3. Que se aplique a lei, seja para Lula, Bolsonaro ou Moro. Que Moro tenha ampla defesa e justiça na decisão. Moro é um guerreiro. Fez mais pelo país, expondo suas mazelas, do que fará na política, junto com ladrões conhecidos. Sugiro que ele se exile e - com tudo que ele sabe da corrupção no judiciário no Brasil - denuncie todos. Seus livros serão best-sellers. E suas entrevistas renderão milhões de dólares. Eu, leitor e ouvinte!

  4. Fico imaginando qtas brigas e baixarias no planalto e suas "filiais". Pessoas mequetrefes, brigam para estar no poder, só para satisfazer seus instintos mais primitivos. Pobre Brasil

  5. Fico imaginando, qtas brigas e baixarias rola no planalto e suas "filiais". Seres mequetrefes, querendo só o poder pra saciar os seus instintos mais primitivos. Pobre Brasil.

  6. A CANALHADA ESTÁ EM POLVOROSA. NESTA BOSHA DE PAÍS O CRIME SEMPRE COMPENSOU E PARA OS CRIMINOSOS PODEROSOS MAIS AINDA. GANHAM PRÊMIOS.

  7. Se o TSE cassar Moro, para prejuízo do Brasil, é claro , sugiro o nome da esposa de Dallagnol para disputar a vaga. Os quadrilheiros não vão deixar Moro em paz, querem vingança, mas com paciência e estratégia o jogo muda.

  8. Renata Abreu, Alvaro Dias foram pessimos na conducao da candidatura de Moro.Se fosse Moro e Deltan,pediria asilo por perseguicao politica e iria embora do país. Somos um pais esquisofrenico e nosso judiciario foi completamente cooptado. A parcela de culpa dos ex integrantes da #LavaJato foi o apoio a #bestaferabolsonaro , caso isso nao tivesse acontecidp,o apoio a eles seria maior.Outra alternativa, é fazerem-se valer do mandato de Rosangela e uma futura candidatura da esposa de Deltan.

  9. O mundo dá muitas voltas. Espero que mude em breve. Desse jeito o Brasil não funciona. Precisamos de muitos Sérgios Moros e Deltans e zero lulas e bolsonaros. A integridade deve ser total e os criminosos devem voltar para a cadeia. Muito mais educação, universidades de 1º mundo, escolas de 1º mundo e nova constituição feita por patriotas honrados, sem espaço para sistemas, mecanismos, esquemas e mutretas. Viva a Lava Jato, fora lula e bolsonaro!

  10. Esse processo contra o Moro foi iniciado pelo próprio TRE ou foi iniciativa dos partidos? Se dos partidos, eles são realmente uns abutres.

  11. É desse tipo de excepcionalidade que ministros das altas cortes, a la Gilmar Mendes, gostam para afastar seus desafetos. Os votos do povo nada valem para eles. É um bando execrável que infelicita o país.

  12. A corrupção venceu. Tanto Dallagnol, como o Moro, não são bem vistos no stf e com a corriola política que temem o combate à corrupção. O Moro caiu como patinho acreditando nos líderes políticos. Fizeram jogo de cena quando ele manifestou desejo de ingressar no mundo político. Na ocasião, o Moro tinha uma força popular capaz de influir no resultado das eleições. Isso, atraiu alguns partidos políticos para assumir uma candidatura.Agora, com a lava jato à morte lhes dão as costas.

  13. País dos ladrões. Vejo que bolsonaro, lula, lulistas e bolsonaristas são todos metástases do mesmo câncer autoritário corrupto e totalitário que assola a política brasileira.

  14. O problema é que o Moro foi convidado para concorrer à presidência e de uma hora pra outra (aos 48 minutos do segundo tempo) o Podemos tentou reduzi-lo a aspirante a deputado, cargo q não desejava concorrer. Acharam q tinha o Moro nas mãos

  15. Nessa briga por herança de defunto vivo tenho que lembrar do Garrincha: JÁ COMBINARAM COM OS RUSSOS? Esses abutres disputam o cargo do senador esquecendo-se de que quem vai escolher é o povo. Qualquer dia desses vão fazer uma lei dispensando esse "pequeno detalhe", pra quê povo pra votar se quem manda são eles? É melhor tirar no "par ou ímpar". A ditadura chegou sorrateira no Brasil e o povo continua assistindo de camarote e aplaudindo a banda passar.

  16. A farsa da "justiça" no Brasil está completamente escancarada. E os protagonistas dessa "justiça" não estão "nem aí". Mas ficam "profundamente" ofendidos quando são confrontados. É a ditadura sem disfarces.

  17. As facções marginais petralhasnésciosladralhas e a bolsonéscioneroladralhas chafurdando como sempre na lama e, tentando aplicar - de novo - a lei da selva do manjado ""'mecanismo""'. Isso só fortalecerá e multiplicará NOSSOS VOTOS NOS NOSSOS SUPER HERÓIS DA LAVAJATO, crápulas patetóides!!!!

  18. A facções marginais petralhasnésciosladralhas e a bolsonéscioneroladralhas chafurdando como sempre na lama e, tentando aplicar de novo a lei da selva do manjado "'"mecanismo'"". Isso só fortalecerá NOSSOS VOTOS NOS NOSSOS SUPER HERÓIS DA LAVAJATO, crápulas patetóides.

  19. É nas ditaduras que a "justiça" condena pessoas com base em argumentos fraudulentos e que, frequentemente, não passam de narrativas muito fraquinhas, que não enganariam nem uma criança. Mas que funcionam mesmo assim, dadas as características do Sistema. E é isso que estamos vivendo no Brasil. Então, estamos em uma democracia ou numa ditadura?

    1. Que país é esse? Um país de um povo bundão que só sabe protestar pela internet em vez de ir pras ruas parar tudo em defesa dos seus "heróis". O povo não fez nada quando cassaram Dallagnol e vai fazer coisa alguma quando cassarem Moro. É só ficar em casa teclando e nada mais. MERECE O GOVERNO QUE TEM!!!!

  20. É...infelizmente isso já deve ser carta marcada. Aí Lulistas e Bolsominios se combinam mais uma x, juntos contra quem sempre lutou contra corrupção e liderou a operação que mais dinheiro recuperou para o bananão. Parabéns trouxas.

  21. A cassação do Deltan inaugurou um novo episódio da "democracia" brasileira. Enquanto até então o parlamento estava cheio de entulho porque o eleitor era mantido na ignorância e dependência do estado e as regras eleitorais ajudam a lotar a câmara de deputado sem voto, agora temos bons parlamentares que são cassados, atropelando a vontade democrática. Moro será cassado ilegalmente e um desqualificado tomará o seu lugar

  22. ...enquanto isso Cabral escolhido como tema para uma "Escola (?) de Samba. Não podemos mais suportar essa administração escatológica realizada por um alcóolico, semianalfabeto que carrega milhões de analfabetos funcionais que adoram um populista e esquecem quanto o Brasil perde com o final da grande operação LAVA-JATO - infelizmente também facilitada pelo Bozo. A Operação Mãos Limpas acontecendo no nosso País.

  23. Força Sergio Moro! Nosso país está entregue às quadrilhas que roubam dinheiro público desfrutando de grossa corrupção enquanto gente ilibada e honrada como Sergio Moro e Deltan Dallagnol penam sob perseguição política rasteira no congresso e nas "altas cortes".

  24. Com o beneplácito do Congresso e total apoio do Executivo, estamos à beira da promulgação de uma lei nos moldes da “Lei Plenipotenciária”, com exclusividade de aplicação pelos togados, pois após a operação Lava Jato a Lei Dreher já foi instalada no Brasil pelos corruptos.

  25. Pode acontecer o que for, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol sempre ficarão com a imagem de íntegros e os abutres petistas ou bajuladores de petistas ficarão com a mácula que eternamente acompanha e acompanhará Lula na História do Brasil: CORRUPTO e LADRÃO! Viva a Lava Jato!

    1. Não vale a pena tomar conhecimento dessas manobras políticas para derrubar os integrantes da Lava Jato. O país está tomado pelo crime organizado.

    2. São necrofilia, que vivem de golpes contra o povo, a eles só interessam o poder , o Brasil são meros detalhes, são um bando podre de canalhas, não merecem a comida que comem, políticos, juízes sem escrúpulos, mas irão queimar no inferno.

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