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O ex-diretor da Polícia Federal Leandro Daiello fez o que pôde para evitar que seu nome aparecesse envolvido em uma rumorosa investigação deflagrada a partir da denúncia de um empresário de criptomoedas extorquido em São Paulo. O empresário acusou um rival de encomendar o seu sequestro na esteira de uma disputa milionária. Agora ligado a um escritório de advocacia, Daiello foi contratado para ajudar a resolver a pendenga e chegou a se reunir com policiais corruptos para reaver o dinheiro do resgate e combinar um acordo. Ele acabou ouvido na investigação, como testemunha. Na tentativa de impedir que seu papel na história viesse a público, ele se movimentou fortemente. E não hesitou em usar o nome da PF. Em pelo menos uma das conversas, o delegado aposentado fez questão de deixar claro que até hoje goza de boa influência dentro da corporação. A postura, por óbvio, não foi bem vista por algumas das pessoas que ele procurou.