Forças de Defesa de Israel

A farsa dos números de mortos em Gaza

Acompanhamento contínuo das informações divulgadas pelo "Ministério de Saúde" do Hamas mostra inconsistências graves
08.12.23

Quer saber os números da guerra em Gaza? É só perguntar ao Lula, que divulga os números fakes fornecidos pelo Hamas. No dia 1º de dezembro de 2023 ele cravou, com a desenvoltura de um porta-voz (do Hamas):

“16 mil mortos, 6.500 crianças, 35 mil pessoas feridas, 7 mil desaparecidos, 40 mil casas destruídas, hospitais destruídos.”

No mesmo dia 1º, o maior portal de notícias brasileiro publicou o seguinte:

“As autoridades de saúde palestinas consideradas confiáveis pelas Nações Unidas dizem que mais de 15 mil habitantes de Gaza foram mortos.”

Nações Unidas”? Toda vez que você, caro leitor, for atingido por uma notícia sobre Gaza que começa assim: “Segundo a ONU…” pode saber que há grande chance de ser uma informação fraudulenta. Não há ONU sediada em Gaza. Há agências associadas ao terrorismo, como a UNRWA, a Agência da ONU de assistência aos refugiados da Palestina. É assim que o Hamas está ganhando sua guerra suja de propaganda contra Israel.

O centro da guerra suja é a falsificação do número de mortos por Israel em Gaza. Por isso este artigo foi escrito.

Ninguém sabe o número de civis palestinos mortos por Israel na Faixa de Gaza. Ninguém sabe o número de combatentes do Hamas mortos na guerra (pois essa informação jamais é divulgada). Para todos os efeitos práticos, o Hamas é civil. Logo, todo jihadista que morre é um civil genocidado por Israel.

Vejam a informação da inteligência artificial do Google (em 6 de dezembro 2023 às 16h):

“De acordo com o Hamas, o número de mortos na Faixa de Gaza chegou a 16.248. O número de feridos é de 43.616 e 7.600 pessoas estão desaparecidas. Os mortos incluem 7.112 crianças e 4.885 mulheres.”

De onde saíram esses números de mais de 16 mil mortos (dos quais mais de 7 mil crianças) por Israel? De uma única fonte: a organização terrorista Hamas. Há verificação independente? Não! Mas todo dia eles são repetidos pela ONU (leia-se UNRWA, Unicef, Unocha e pelo Secretário-Geral que contraiu a doença senil da esquerda lamentativa), por organizações humanitárias (como a Cruz Vermelha) e por outros órgãos internacionais (como a Human Rights Watch), pelo Vaticano, por Lula e pela imprensa.

Temos nome, sobrenome, filiação, profissão, endereço ou alguma outra identificação desses mortos? Não! Sabemos onde estão sepultados os corpos ou restos mortais dos que não estão desaparecidos? Não! E a cada dia o Hamas aduz automaticamente mais uma quantidade administrada politicamente de mortos na sua lista macabra.

Onde fica essa central de apuração de mortos do Hamas? Quantas pessoas trabalham na contabilidade dos mortos? Existe um software para a totalização ou a lista é escrita a mão (e a quantas mãos) em papel de padaria mesmo?

Jornalistas que — alegando falta de verificação independente — colocam em dúvida as informações de Israel sobre o uso de hospitais, mesquitas, escolas, jardins de infância e parques infantis pelos jihadistas do Hamas, não colocam em dúvida os números de mortos fornecidos unicamente pelo Hamas.

Recentemente, Aizenberg (@Aizenberg55 no X) — membro do conselho do @HonestReporting — fez uma uma análise minuciosa dos números de vítimas de Gaza relatados pelo OCHA da ONU (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários) com base nos números diários do “Ministério da Saúde” do Hamas. Ela prova que esses números são falsificados: mulheres e crianças estão extremamente inflacionadas.

Ele, Aizenberg, escreveu o seguinte (em 04 de dezembro 2023, no X):

 

“É imediatamente óbvio que o Hamas não relata NENHUMA morte de combatentes e os números, surpreendentemente, parecem indicar que as bombas e balas das FDI atingiram desproporcionalmente mulheres, crianças e idosos. As FDI NÃO conseguem atingir muitos homens em idade de lutar. Mas os números são falsos.

Isso se torna aparente pela primeira vez no relatório de 19 de outubro de 2023, onde o Hamas relata 3.785 mortes contra 3.478 no dia anterior ou +307. Mas as crianças mortas magicamente passam de 853 para 1.524 ou +671.

Em 18 de outubro, as mortes relatadas eram de 25% de crianças, mas no dia seguinte salta para 40%! Nenhuma explicação é dada. Não há ajuste em datas posteriores. A contagem contínua prossegue de 1.524 até hoje (4 de dezembro). Nenhum questionamento, nenhum ceticismo por parte da ONU, das ONGs ou da mídia sobre como o número de mortes de crianças aumenta repentinamente.

Mas há mais falsificações em datas posteriores. Em 26 de outubro o Hamas relatou 7.028 mortes contra 6.547 do dia anterior ou +481. Notavelmente, mulheres e crianças mortas aumentaram em +626 naquele mesmo dia! Aparentemente, nenhum homem morreu naquele dia. Mais uma vez, não há qualquer sinal de vergonha ou ceticismo por parte da ONU em publicar estes números do Hamas.

Mas tem mais números fabricados pelo Hamas: em 29 de outubro +302 novas mortes foram relatadas, mas de alguma forma compostas por +199 mulheres e +129 crianças, o que representa +328 ou 26 a mais do que o total de mortes! Os homens voltaram à vida? Mas claro, vamos confiar nessas estatísticas.

Mais mentiras diárias. Em 31 de outubro, 8.525 mortes foram relatadas contra 8.309 no dia anterior ou +216. As novas mortes de mulheres e crianças foram +210. O que significa que APENAS SEIS homens de qualquer idade foram mortos naquele dia! Isso representa 2,8% das fatalidades daquele dia!

Tem mais ainda. Em 7 de novembro, o Hamas relatou 10.328 mortes no total contra 10.022 do dia anterior ou +306. Novas mortes de mulheres e crianças +302. O que significa que APENAS QUATRO homens de qualquer idade foram mortos naquele dia! Isso representa 1,3% das mortes daquele dia. É nisso que as ONGs e a ONU confiam.”

 

Populistas – agora travestidos de campeões humanitários – fazem a festa com os números de criancinhas inocentes mortas. Lula chegou a dizer, em 5 de dezembro, em viagem à Alemanha:

 

“Não há por que haver essa guerra. Nunca vi uma guerra com uma preferência da morte sobre crianças, mulheres… Mulheres, inclusive, antecipando o parto, fazendo cesariana para não ver seus filhos morrerem.”

 

Isso tudo está sendo engendrado em Gaza. Mas Gaza não é bem o que a gente pensa. Não é somente uma prisão a céu aberto de palestinos expulsos de suas terras ou um conjunto de campos de refugiados. É uma base experimental, uma espécie de laboratório e incubadora, para a preparação e eclosão de uma ofensiva do jihadismo ofensivo islâmico e das maiores autocracias do planeta (com destaque para Rússia, Irã e Síria), com o apoio de governos populistas (de esquerda e de direita), contra as democracias liberais no plano global.

Além dos recursos incalculáveis do narcotráfico e do tráfico de armas, bilhões de dólares são transferidos, há mais de uma década, por ditaduras, mas também por democracias (sob as rubricas de ajuda humanitária e para o desenvolvimento), para financiar milhares (sim, não são dezenas, nem centenas e sim milhares) de militantes, islâmicos e não islâmicos, palestinos e não palestinos, muitos deles revolucionários de esquerda, originários de dezenas de países de todos os continentes, homiziados em entidades humanitárias e agências do sistema das Nações Unidas que atuam naquele território em conluio com organizações terroristas como Hamas, Jihad Islâmica e Hezbollah.

A guerra do Hamas, incubada em Gaza, não é somente contra Israel. É uma guerra do eixo autocrático — que agora tenta salvar o Hamas da extinção (o cessar-fogo tem esse objetivo) — contra as democracias liberais. Israel é o alvo do momento, juntamente com a Ucrânia: depois virão outros, como Taiwan. E aí…Nem adiantará mais fugir para as montanhas.

 

Augusto de Franco é escritor

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  1. Texto elucidativo, mostrando com números reais o que está acontecendo nesta guerra onde a mentira quer se impor.

  2. O QUE O EX-PRESIDIÁRIO FALA NÃO SE ESCREVE. O QUE ESPERAR DE UM SEMIANALFABETO COLOCADO NA PRESIDÊNCIA PELO SUPREMO TRIBUNAL DO FRANGO.

  3. Um terror o que está acontecendo por trás dos bastidores, mas o imbecil do nosso presidente não consegue alcançar um pensamento tão complexo. Ele não passa além da briguinha do comuna contra o imperialista.

  4. Vejam com que lado esse governo de m... quer se aliar. É o que dá escolher o lado da mentira, da ignorância e da corrupção. Teremos um fim triste se nada for feito.

  5. Concordo com sua análise. Quanto ao jumento Descondenado é um mentiroso contumaz que com certeza divisa nesse esquema todo a possibilidade de faturar milhões em propina e perpetuar no poder a escória que lidera.

  6. Sempre torci o nariz quando Israel ou organizações de judeus (de qualquer tipo) acusavam anti-semitismo quando alguma crítica à Israel surgia. Mas a atitude da imprensa e de diversas organizações e autarquias de todo o mundo, todas com enorme peso sobre os agentes políticos e opinião pública, atacando constantemente Israel, vítima de um ataque bárbaro, utilizando de mentira e fazendo-se de moço de recados de uma organização terrorista, me fez mudar de ideias: o ódio aos judeus vive e passa bem!

  7. O que me chama atenção é que a imprensa é cética quanto a dados oficiais fornecidos por democracias (o que está correto, tem que checar mesmo) mas confia em dados fornecidos por ditaduras. Vejo esse fenômeno aqui no Brasil com relação a dados de segurança pública fornecidos por ONG's sediadas em áreas dominadas pelo crime organizado. É lógico que qualquer dado que conflite com o interesse dos criminosos terá enorme probabilidade de estar falsificado, mas mesmo assim são acreditados.

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