Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Como diretor do Banco Mundial, Weintraub terá imunidade diplomática e passaporte da ONU

20.06.20 10:04

Além de um salário de cerca de 115 mil reais por mês, diretores executivos do Banco Mundial – cargo para o qual Abraham Weintraub foi indicado pelo governo brasileiro – possuem imunidade diplomática nos Estados Unidos enquanto durarem seus mandatos e recebem um “Laissez-Passer” das Nações Unidas, conhecido como UNLP.

“O portador deste Laissez-Passer tem direito, sob a Seção 30 da Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Agências Especializadas, quando viaja a negócios da Agência Especializada, às mesmas facilidades que são concedidas aos enviados diplomáticos”, diz a inscrição que é impressa em passaportes semelhantes ao que será emitido para Weintraub. 

Além disso, ele poderá obter um visto do tipo G, que garantirá imunidade diplomática a ele enquanto durar a missão em Washington, segundo ex-diretores do banco ouvidos por Crusoé. Por isso, fontes veem como inútil o pedido feito pelo senador Fabiano Contarato, da Rede, para que o STF apreenda o passaporte de Weintraub. 

O ex-ministro ocupará, num primeiro momento, um mandato tampão, que vence em outubro. Mesmo assim, a tendência é que o aliado de Bolsonaro consiga a reeleição para o posto, já que os outros oito membros do grupo EDS15, liderado pelo Brasil, nunca questionaram uma indicação brasileira.

Na manhã deste sábado, 20, Arthur Weintraub, irmão de Abraham, escreveu no Twitter: “Obrigado a todos pelas orações e apoio. Meu irmão está nos EUA”. O ex-ministro da Educação já tinha declarado que pretendia deixar o Brasil “o mais rápido possível”.

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