Venezuela nega salvo-conduto para dissidentes na Embaixada da Argentina
A ditadura da Venezuela rejeitou os pedidos feitos pelo governo da Argentina para permitir que seis dissidentes políticos que pediram asilo dentro da Embaixada da Argentina, em Caracas, possam deixar o país. O vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, PSUV, Diosdado Cabello (foto), negou essa possibilidade nesta quinta, 16. "Pressão? Não vão conseguir nos...
A ditadura da Venezuela rejeitou os pedidos feitos pelo governo da Argentina para permitir que seis dissidentes políticos que pediram asilo dentro da Embaixada da Argentina, em Caracas, possam deixar o país.
O vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, PSUV, Diosdado Cabello (foto), negou essa possibilidade nesta quinta, 16.
"Pressão? Não vão conseguir nos pressionar. Hoje, acredito que saiu a resposta do governo da Venezuela: negado. Não há salvo-conduto para os que não amam a pátria. O governo fascista que governa a Argentina acredita que vai conseguir nos pressionar", disse Cabello em seu programa de televisão Con el Mazo Dando (Batendo com um pau).
Histórico
Em março, seis venezuelanos (entre eles, Pedro Urruchurtu, Magalí Meda, Claudia Macero, Humberto Villalobos e Omar González) entraram na residência oficial da missão argentina e pediram asilo político.
Todos eles trabalharam para a campanha da líder da oposição, María Corina Machado, ou são ligados ao partido dela, o Vente Venezuela.
Desde então, o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, cercou o prédio, em Caracas, com membros do Serviço de Inteligência Bolivariano, Sebin, um dos órgãos mais temidos na repressão.
O imóvel também teve o fornecimento de luz e água cortados.
Como são as relações entre Milei e Maduro?
Duro crítico da ditadura chavista, Milei já avisava antes de sua posse sobre romper relações com a Venezuela.
E, de fato, o presidente retirou o então embaixador argentino em Caracas, Oscar Laborde. A missão argentina hoje é comandada pelo número 2, o encarregado de negócios, Gabriel Volpi.
A situação entre Milei e Maduro se agravou após autorização da Casa Rosada para enviar aos Estados Unidos, para perícia e desmonte, um avião de fabricação iraniana que era propriedade da ditadura venezuelana.
A aeronave foi apreendida em Buenos Aires durante a gestão Alberto Fernández. A preocupação maior era em relação a terrorismo.
Em retaliação, o regime venezuelano proibiu o tráfego em seu espaço aéreo de qualquer aeronave com origem ou destino dentro do território argentino.
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