Setor de açúcar e etanol espera mais de Ernesto Araújo
Em uma reunião no início de setembro entre os produtores brasileiros de açúcar e álcool, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ficou combinado um prazo de 90 dias para que o governo resolvesse duas questões nas tratativas em curso com os americanos. A primeira delas é um aumento na cota...
Em uma reunião no início de setembro entre os produtores brasileiros de açúcar e álcool, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ficou combinado um prazo de 90 dias para que o governo resolvesse duas questões nas tratativas em curso com os americanos.
A primeira delas é um aumento na cota de açúcar que o Brasil pode exportar para os Estados Unidos. A segunda é a elevação na porcentagem de etanol usada como combustível nos carros americanos, atualmente de 10%. Um aumento nessa proporção elevaria o consumo de etanol nos Estados Unidos e poderia favorecer a exportação brasileira.
Na segunda-feira, 21, os governos dos dois países anunciaram uma cota adicional de 80 mil toneladas de açúcar para o Brasil exportar para os Estados Unidos sem pagar taxas. O setor, contudo, achou que não foi suficiente.
"Essas 80 mil toneladas de açúcar já estavam anunciadas desde abril e equivalem a 50 milhões de litros de etanol. Isso é menos do que a quantidade mensal que importamos de etanol dos Estados Unidos sem cobrar impostos", diz André Rocha, presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, que cuida tanto do açúcar como do etanol, pois no Brasil ambos derivam da cana. "O Brasil está permitindo uma importação muito maior de etanol americano, então precisamos ter a contrapartida."
O prazo de 90 dias para que Araújo consiga um boa negociação vence no início de dezembro. Como a eleição americana, marcada para 3 de novembro, já terá passado, ainda há chances de sucesso. Em um depoimento no Senado na semana passada, Araújo se mostrou otimista. "Nossa perspectiva não é a de travar mercados, porque aí ninguém ganha. Nós não queremos que ninguém ganhe: queremos que os dois ganhem. Essa é a maneira de negociar no comércio, e é isso que nós estamos procurando conseguir nessa negociação", disse o ministro.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (3)
Ney
2020-09-29 04:12:53O bananão está de quatro. Bozo corrupto fdp
FRANCISCO
2020-09-28 16:08:13Esperem sentados. Araújo só ajuda o parceirão. Pra importar etanol deles e vender o nosso? Transação mais bizarra. Só comprar o nosso. Se faltar, compra o deles.
ANTONIO
2020-09-28 09:53:07Essa classe, a dos "usineiros", não consegue se conduzir sozinha, desde sempre conta com o beneplácito do governo e do contribuinte.