Presidente do México pede à ONU que evite "derramamento de sangue" na Venezuela
Claudia Sheinbaum defendeu posição mexicana contra "intervenção e ingerência estrangeira"
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, cobrou uma ação da ONU (Organização das Nações Unidas) para que se evite um "derramamento de sangue" na Venezuela.
Segundo Claudia, a posição do seu país é a de "não intervenção, não ingerência estrangeira e de diálogo pela paz".
"Reiteramos a posição do México, de acordo com a Constituição, de não intervenção, não ingerência estrangeira, a autodeterminação dos povos e solução pacífica. Pedimos para que, em qualquer controvérsia internacional, se utilizem o diálogo e a paz, e não a intervenção. Então, nossa posição - por convicção e pela Constituição - é estabelecer, sempre, a posição de qualquer presidente do México. Mas além das opiniões sobre o regime da Venezuela, sobre a presidência de Maduro... para além disso, a posição do México sempre deve ser de não intervenção, de não ingerência estrangeira e diálogo pela paz", afirmou em coletiva de imprensa.
"Um chamado às Nações Unidas: que assumam o seu papel. Não os vejo. Que assumam seu papel para evitar qualquer derramamento de sangue e que se busque sempre as soluções pacíficas nos conflitos. Essa é a nossa posição", concluiu.
Claudia tem histórico de proximidade com ditadores.
Ela convidou para sua posse, em 2024, Maduro e outros autocratas da América Latina.
O ditador venezuelano foi um dos que comemorou a vitória de Claudia, pedindo que o México criasse "uma alternativa à direita e ao neoliberalismo".
Nova Constituição
Maduro anunciou na terça, 16, uma reforma constitucional para 2026.
Ele instruiu a nova Assembleia Nacional, que toma posse em 5 de janeiro, a elaborar a proposta.
O ditador fez o anúncio durante a apresentação das conclusões do Congresso Constituinte da Classe Trabalhadora.
Ele propôs que o Congresso Bolivariano do Poder Constituinte seja realizado entre os 9 e 10 de janeiro, para que todas as propostas constituintes pudessem ser apresentadas.
Caberá à vice-presidente Delcy Rodríguez preparar o projeto de lei que irá estabelecer um novo Conselho Nacional Eleitoral.
Pressão de Trump
Sob a liderança de Donald Trump, o governo dos EUA pressiona para que Maduro deixe o poder.
Na terça, 16, o republicano anunciou o bloqueio “total e completo” de todos os “petroleiros sancionados” que entram e saem da Venezuela.
Segundo o presidente americano, o regime “ilegítimo” do ditador Nicolás Maduro usa o petróleo para “financiar a si mesmo, o narcotráfico, o tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros”.
Trump acrescentou dizendo que a Venezuela está “completamente cercada pela maior armada já reunida na história da América do Sul”.
Leia mais: Maduro não precisa reformar a Constituição
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)