PGR atribui a Witzel 'comando das ações' sobre contratos suspeitos no Rio
Ao pedir autorização para realizar buscas e apreensões contra o governador Wilson Witzel, a Procuradoria-Geral da República afirmou ao Superior Tribunal de Justiça que foi criada "uma estrutura hierárquica escalonada" a partir do chefe do Executivo do Rio de Janeiro. Witzel é alvo da Operação Placebo, que mira supostas fraudes e corrupção em contratos para...
Ao pedir autorização para realizar buscas e apreensões contra o governador Wilson Witzel, a Procuradoria-Geral da República afirmou ao Superior Tribunal de Justiça que foi criada "uma estrutura hierárquica escalonada" a partir do chefe do Executivo do Rio de Janeiro.
Witzel é alvo da Operação Placebo, que mira supostas fraudes e corrupção em contratos para hospitais de campanha. O escritório de advocacia da primeira-dama do Rio, Helena Witzel, também é alvo da investigação. Segundo a PGR, há indícios de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Na representação pelas medidas cautelares contra os investigados, a PGR afirma que há "prova robusta de fraudes nos processos que levaram à contratação do Iabas para gerir hospitais de campanha do Rio de Janeiro, tudo com anuência e comando da cúpula do Executivo". O Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde também é alvo da operação.
Segundo a PGR, "no núcleo do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro, foi criada uma estrutura hierárquica, devidamente escalonada a partir do governador, que propiciou as contratações sobre as quais pesam fortes indícios de fraudes".
"Wilson Witzel mantinha o comando das ações (auxiliado por Helena Witzel), tendo seu secretário Edmar Santos delegado funções a Gabriell Neves, criando-se a estrutura hierárquica que deu suporte aos contratos supostamente fraudulentos", afirmou a PGR.
Crusoé revelou, em sua edição 108, a coincidência entre a investigação que tramita na Procuradoria-Geral da República sobre Witzel e um dossiê que chegou ao conhecimento do Planalto. O material foi levado ao gabinete de Jair Bolsonaro por aliados próximos do presidente, que afirmou ser necessário “tomar providências”. Um dos pivôs do relatório é o Iabas, que mantém um contrato de 770 milhões de reais para gerir o hospital do Maracanã.
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