IRNA - Islamic Republic News AgencyCena de local no Irã atacado pelo Paquistão

Paquistão ataca bases no Irã e aumenta tensão na região

18.01.24 10:58

Horas depois de o Irã ter atacado militantes em território paquistanês, o governo de Islamabad revidou e atacou, com drones, uma base de militantes no sul do Irã. As atividades militares criam um quarto foco de tensão na região, que já conta com a guerra de Israel com o Hamas; os conflitos entre Israel e o Hezbollah, e os ataques dos Houthis a embarcações no Mar Vermelho.

A resposta paquistanesa ocorre em uma semana em que o Irã atirou para todos os lados: em 24 horas, o governo do aiatolá Ali Khamenei comandou ataques ao Iraque e a Síria, além do Paquistão. No primeiro país, os alvos seriam pontos da inteligência e, no segundo, os ataques visavam bases do Estado Islâmico. No terceiro, seriam militantes rebeldes.

Segundo a imprensa oficial iraniana, a resposta do Paquistão ocorreu em um ataque durante a noite, em uma cidade na região conhecida como Baluchistão e que atravessa entre os dois países. Alireza Marhamati, responsável pela segurança no lado iraniano da província atacada, disse que “quatro casas foram destruídas e cerca de dez mulheres e crianças foram mortas.”

As mortes, no entanto, seriam de cidadãos paquistaneses, afirmou o governo de Teerã. O Paquistão afirmou que o ataque era para prevenir insurgências de militantes Baluchis no seu país.

O ataque original iraniano alarmou analistas em todo o mundo — já que ao menos um dos países envolvidos é dotado de bombas atômicas. Desde os anos 70 que o Paquistão desenvolve seu programa nuclear como resposta ao programa conduzido pela vizinha e rival Índia. Em 1998, Islamabad conduziu seu primeiro teste bem-sucedido de bombas atômicas, não muito longe da fronteira com o Irã.

Ao mesmo tempo, pode tratar-se, na verdade, de duas nações atômicas. Isso porque, nesta semana, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, indicou que o governo de Teerã “cruzou todas as linhas vermelhas” rumo à produção de bombas nucleares, corroborando o entendimento que o governo dos Estados Unidos tem sobre o programa nuclear do país desde o ano passado.

Leia na Crusoé: Por que o Estado Islâmico odeia o Irã

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