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O uso político das mortes na Bolívia

22.11.19 11:01

Milhares de pessoas caminharam por cinco horas entre as cidades de El Alto e La Paz em uma manifestação contra o governo da presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez, nesta quinta-feira, 21.

Elas carregavam cinco caixões com os corpos de pessoas mortas em confrontos entre apoiadores do ex-presidente Evo Morales e militares em um depósito de combustíveis. Na terça-feira, 19, partidários de Morales atacaram uma central da estatal petrolífera YPFB, que foi protegida pelos militares. Oito morreram. Resultados de seis autópsias indicaram ferimentos por armas de baixo calibre, que não são de uso das forças de segurança.

Os manifestantes tentaram levar os féretros até a Praça Murilo, onde ficam as sedes dos poderes Executivo e Legislativo, em La Paz. Após o lançamento de bombas de gás lacrimogêneo, eles se dispersaram e dois caixões foram abandonados no chão (foto).

“Os partidários de Morales estão abusando do uso dos féretros e das mortes. Eles acham que estamos em uma guerra civil e que vale tudo”, diz o cientista político boliviano Carlos Cordero. “Esse tipo de ação pode ter eco entre os apoiadores de Morales, mas também gera rejeição por causa do uso político das mortes. A seriedade das demandas que eles estão fazendo fica comprometida.”

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  1. Normal. Mercenários da esquerda destruindo o próprio país a mando de Evo Morales. A velha rotina de roubar em nome da justiça social,, fraudar eleições e se fazer de vítimas de “gorpi” quando finalmente são depostos do poder... Qualquer semelhança com Luladrão NÃO é mera coincidência.

  2. Assassinatos por encomenda do cara que fugiu e agora incita a violência e pede aos seus ingênuos e humildes apoiadores que sejam martirizados em seu lugar. Ele mesmo, o canalha covarde fujão Evo Morales, está vivendo as delícias de um auto-exílio, com muito conforto, muito dinheiro e no bem bom.

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