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O peso da pandemia sobre os refugiados

28.03.20 19:33

A pandemia do coronavírus tem afetado fortemente os refugiados (foto), principalmente aqueles que vivem em centros urbanos.

“Muitos sírios e iraquianos que fugiram da guerra foram para outros países e fizeram pedidos de asilo para Austrália, Canadá e países europeus. Com o coronavírus e o fechamento das fronteiras, a chance de eles serem aceitos e autorizados a viajar ficou ainda menor”, diz o pastor Homero Aziz, que dirige a ONG Mais no Mundo, na Jordânia, e trabalha com cristãos perseguidos e refugiados.

Na Jordânia, o governo do rei Abdullah II ordenou o fechamento de fábricas e de todo o comércio, incluindo padarias, restaurantes e supermercados. “Os refugiados, que não tinham nada estocado, ficaram sem ter o que comer”, diz Aziz. Na Jordânia, a polícia chegou a prender 1 mil pessoas nas ruas por desafiar o toque de recolher.

Outro problema é que muitos refugiados precisam se locomover para conseguir remédios e mantimentos. “Aqueles que vivem em campos de refugiados recebem alimentos das organizações internacionais. Mas a maioria, que mora nas cidades, precisa trabalhar ou se locomover para obter ajuda”, diz o pastor. “Muitos não têm direito ao sistema de saúde públicos dos países em que estão provisoriamente e precisam do amparo das ONGs.”

A organização Mais no Mundo, de Aziz, funciona principalmente com doações do Brasil e da Itália. Os recursos ajudam a manter projetos com iraquianos e sírios. “Com o coronavírus, tive de interromper vários desses projetos porque os valores diminuíram muito”, diz ele, que dispensou vários de seus colaboradores.

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