O efeito das novas sanções de Trump contra o Irã
O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira, 20, sanções contra o Banco Central do Irã por apoiar o grupo terrorista libanês Hezbollah, a Guarda Revolucionária (foto) e a Força Quds, que treina terroristas em outros países. Como já existem outras sanções em ação, transferir fundos para esses grupos em outros países já é uma...
O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira, 20, sanções contra o Banco Central do Irã por apoiar o grupo terrorista libanês Hezbollah, a Guarda Revolucionária (foto) e a Força Quds, que treina terroristas em outros países.
Como já existem outras sanções em ação, transferir fundos para esses grupos em outros países já é uma tarefa quase impossível. O principal efeito das novas sanções é que ficará bem mais difícil retirá-las no futuro.
Em 2011, o Congresso americano impôs sanções contra o Banco Central do Irã por vários motivos, incluindo terrorismo, lavagem de dinheiro e o desenvolvimento do programa nuclear. Quando o ex-presidente americano Barack Obama assinou o acordo com as potências mundiais e o Irã, em 2015, os entraves foram considerados como "sanções nucleares" e removidos.
Ao retirar os Estados Unidos do acordo com o Irã, em 2018, Trump reimpôs as sanções, mas a possibilidade de um futuro presidente democrata voltar atrás uma segunda vez ficou em aberto. Trump está tentando obstruir esse caminho.
"O governo Trump não parece se dar conta de que a eficácia das sanções está na possibilidade de elas serem removidas um dia em troca de um comportamento pragmático do outro lado", diz o iraniano-americano Ali Vaez, diretor do Projeto Irã no International Crisis Group, em Washington. "A cada nova sanção, as vantagens ficam cada vez menores para os Estados Unidos, enquanto que para o Irã ainda há muitas opções para escalar conflitos na região e retomar o programa nuclear."
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Comentários (10)
Carmen Carolina
2019-09-21 02:06:14Trump não vai atacar antes de assegurar sua reeleição.
Uirá
2019-09-20 22:16:49Se "a cada nova sanção, as vantagens ficam cada vez menores para os Estados Unidos", isto quer dizer que logicamente qq escalada dos conflitos significa que a resposta americana teria que ser de cunho militar. A questão é, se cutuca um leão com vara curta (o ditado vale para os dois lados), os americanos querem evitar um choque econômico, os iranianos sabem que estão diante de um adversário com poder militar muito superior ao deles.
Uirá
2019-09-20 22:11:17Parece mais razoável o Irã se sentar na mesa de negociação após ter realizado um ataque ao seu arqui inimigo diante da ofensa e humilhação que sofreu ou quando ainda não tinha obtido "vingança"? Além do mais, se há mais pressão, então o alívio que pode ser oferecido se torna maior, ou seja, mais cartas na mesa. É verdade que apertar as sanções significa que elas deixam de ser uma opção frente a novas escaladas. Contudo, o componente militar nunca pode ser descartado.
Uirá
2019-09-20 21:53:34Diante do povo iraniano foi justificável Trump se retirar do acordo nuclear e impor sanções? Claro que não, se eles não descumpriram o acordo, então não havia justificativa para que ele fossem rompido unilateralmente. Neste caso específico as sanções não se justificavam. Mas havendo um ataque que aponta diretamente para os iranianos, o cidadão iraniano pode dizer que ele é completamente injustificável. O processo de racionalização não é linear, mas são situações diferentes.
Alvaro
2019-09-20 21:11:38Xadrez global exige inteligência ... Coisa que o 45° tem para os negócios não para o verdadeiro "war game" !!
Marcelo
2019-09-20 18:49:47Não entendi o seu ponto. Então ele deveria ter revogado sanções como retaliação pelo "bom" comportamento iraniano. Claro que a única opção ao conflito militar direto são sanções econômicas. Todo país produtor de petróleo ganha com a ação do Irã, as sanções impedem o Irã de lucrar com o próprio crime.
Aguia
2019-09-20 18:26:14Moleques grandes, mas, moleques...
Massaaki
2019-09-20 17:57:46A solução é eliminar de uma vez os problemas.
João Carlos
2019-09-20 17:30:09É o tigre de papel Trump rosnando como um gatinho. Tem corpo de leão, juba de leão, urra como leão mas morde como gatinho.
Drusius
2019-09-20 17:18:50Essa Força Quds é que treina e abastece o novo grupo terrorista AL-SABIRYN. Tudo muito democrático na política persa.