‘Ninguém gostaria de ver as Forças Armadas atiradas no varejo da política’, diz Barroso
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, afirmou nesta terça-feira, 26, que “ninguém gostaria de ver as Forças Armadas atiradas no varejo da política”. Em entrevista à imprensa, um dia após a sua posse no comando da Justiça Eleitoral, Barroso lembrou que os militares que integram o...
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, afirmou nesta terça-feira, 26, que “ninguém gostaria de ver as Forças Armadas atiradas no varejo da política”. Em entrevista à imprensa, um dia após a sua posse no comando da Justiça Eleitoral, Barroso lembrou que os militares que integram o governo Jair Bolsonaro desempenham “uma missão civil”. Ele havia sido questionado se o Brasil enfrenta um momento de instabilidade democrática.
“A grande característica das democracias são as Forças Armadas voltadas a suas funções constitucionais, que são relevantíssimas, e submetidas ao poder civil. Não podemos fraquejar nenhum minuto nessa premissa da democracia”, disse o presidente do TSE.
O ministro afirmou que, em mais de três décadas de democracia, “as Forças Armadas tiveram comportamento exemplar, profissional e de não ingerência”. “Portanto, são instituições neutras, nacionais, da sociedade brasileira, que vêm servindo bem à sociedade e assim desejo que permaneçam. Evitar a contaminação das Forças Armadas pelo varejo da política é uma missão de todos os democratas”, disse Luís Roberto Barroso.
“O fato de haver militar no governo não faz do governo um governo da Forças Armadas, porque as Forças Armadas não pertencem ao governo e quem quer que seja das Forças Armadas que esteja no governo desempenha uma missão civil. Embora, aqui e ali, tenha se acendido uma luz amarela nesse capítulo, as lideranças militares se posicionaram adequadamente pela neutralidade das instituições”, afirmou o ministro Barroso. "Vejo sem simpatia quando começa a surgir nota de clube militar, de militar da reserva", acrescentou.
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