Nicarágua retira nacionalidade dos 135 presos políticos libertados
A Suprema Corte de Justiça da Nicarágua, controlada pela ditadura do casal Daniel Ortega e Rosario Murillo, comunicou nesta terça-feira, 10, a retirada da nacionalidade dos 135 presos políticos libertados em 5 de setembro e deportados para a Guatemala após uma negociação entre o regime sandinista e o governo dos Estados Unidos. Em comunicado, a...
A Suprema Corte de Justiça da Nicarágua, controlada pela ditadura do casal Daniel Ortega e Rosario Murillo, comunicou nesta terça-feira, 10, a retirada da nacionalidade dos 135 presos políticos libertados em 5 de setembro e deportados para a Guatemala após uma negociação entre o regime sandinista e o governo dos Estados Unidos.
Em comunicado, a Corte informou que as pessoas libertadas foram "condenadas por atos criminosos que atacaram a soberania, independência e autodeterminação do povo nicaraguense, incitando e promovendo violência, o ódio, o terrorismo e a desestabilização econômica, alterando a paz, segurança e ordem constitucional".
O tribunal também determinou o confisco de todos os bens desse grupo de opositores "para responder pelos graves danos materiais e imateriais que suas atividades criminosas causaram à população e ao país".
A libertação de 135 presos políticos
Como mostramos, o governo dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira, 5, a libertação de 135 presos políticos da Nicarágua por motivos humanitários.
Em comunicado, assinado pelo conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, a Casa Branca informou que entre os presos perseguidos pela ditadura do casal Daniel Ortega e Rosario Murillo estavam 13 membros da organização evangélica Mountain Gateway, sediada no Texas, além de leigos católicos e estudantes considerados ameaças pelo regime sandinista.
“Ninguém deve ser preso por exercer pacificamente seus direitos fundamentais de liberdade de expressão, associação e prática de sua religião”, afirmou Sullivan.
“Uma vez na Guatemala, esses indivíduos terão a oportunidade de solicitar maneiras legais de reconstruir suas vidas nos Estados Unidos ou em outros países por meio da iniciativa Mobilidade Segura do presidente [Joe] Biden”, acrescentou o comunicado americano.
“Os Estados Unidos apelam novamente ao Governo da Nicarágua para que cesse imediatamente a prisão e detenção arbitrárias de seus cidadãos pelo simples exercício de suas liberdades fundamentais”, completou.
A retirada da nacionalidade dos opositores de Ortega
Em fevereiro de 2023, a Assembleia Nacional da Nicarágua aprovou uma lei para tirar a nacionalidade de quem for considerado “traidor da pátria”.
Na época, a medida atingiu 222 prisioneiros políticos, incluindo políticos da oposição e líderes empresariais, deportados aos Estados Unidos.
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Comentários (2)
ADRIANO
2024-09-11 10:28:26Esse é outro, que só sai do poder no caixão ⚰️
Amaury G Feitosa
2024-09-11 08:37:18Aqui um sinistro ensandecido prendeu e tirou a cidadania de mais de 1.500 manés que o Congresso Nacional tenta anistiar por crimes que não cometeram ... nada de novo no front comunazista.