Adriano Machado/Crusoé

MP denuncia Ciro Gomes por agressão verbal a senadora

14.05.24 16:38

O Ministério Público Eleitoral do Ceará apresentou nesta terça-feira, 14, denúncia contra Ciro Gomes (foto) por agressões verbais à senadora Janaína Farias (PT-CE). O ex-ministro e presidenciável em quatro eleições foi acusado de constranger e humilhar, através de palavras, detentora de mandato eletivo, “utilizando-se de menosprezo à condição de mulher da parlamentar, com a finalidade de dificultar o desempenho de seu mandato eletivo.”

No início do mês passado, quando Janaína assumiu a cadeira de senadora no lugar do titular, o ministro da Educação Camilo Santana, Ciro resolveu criticar sua chegada ao cargo pelos seus atributos de gêneroO ex-presidenciável do PDT deu a declaração em entrevista ao portal “A Notícia do Ceará”.

“Quem está assumindo o Senado Federal hoje? Sabe qual é o serviço prestado para ir ao lugar de Virgílio Távora, de Tasso Jereissati, de Mauro Benevides, de Patrícia Saboya?”, começou Ciro, antes de arrematar: “Aí vai agora a assessora para assuntos de cama do Camilo Santana.”

Três semanas após o caso, Ciro foi perguntado novamente sobre o tema e, sem pedir desculpas, dobrou as críticas à senadora: “Camilo faz chegar no Senado Federal, manipulando, uma pessoa cuja qualificação é nenhuma. Aí eu acuso. Qual é o mérito dela? Usei uma palavra mais moderada, falei que era assessora para assuntos de alcova”, disparou Ciro Gomes, e completou:

Pois bem, em vez de ser assessora de alcova, agora vou substituir, ela é simplesmente a pessoa que organizava as farras do Camilo Santana. É isso que estou dizendo. O que tenho a ver com a vida particular de Santana? Nada. E a vida particular dela? Nada. Agora, botar no Senado? A voz do Ceará no Senado, mulher cearense representada no Senado por uma cortesã?”

A parlamentar é representada no caso pela Advocacia do Senado Federal e tem sua causa defendida pelo Ministério Público. os investigadores pediram a abertura do caso “em razão da situação de preconceito, humilhação e constrangimento impostos à vítima em questão, empossada como parlamentar federal, tendo sido desmerecida no exercício do mandato em razão de seu gênero, por insinuações verbalizadas pelo denunciado de cunho misógino nas entrevistas concedidas.”

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