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MP da Bahia pede nova perícia em corpo de Adriano da Nóbrega

18.02.20 13:55

O Ministério Público da Bahia pediu, nesta terça-feira, 18, que a Justiça de Esplanada determine ao Departamento de Perícia Técnica do Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro a conservação do cadáver do ex-PM Adriano da Nóbrega e a realização de um exame pericial complementar. 

A movimentação ocorre um dia após a 4ª Vara Criminal do Rio autorizar o instituto a liberar os restos mortais do miliciano. “O Ministério Público da Bahia considera prematura a medida, pois ela, nomeadamente se o for em forma de cremação, extinguirá, de modo definitivo, a possibilidade de realização de novos exames no corpo, necessários à completa elucidação das circunstâncias da morte”, defendem os promotores Dario José Kist e Gilber Santos de Oliveira.

Adriano foi alvejado em uma troca de tiros com a Polícia Militar baiana durante uma operação para prendê-lo na última semana. Ele estava foragido havia mais de um ano e seu nome integrava a lista vermelha da Interpol.

À Justiça, o MP da Bahia requisitou novo exame de necropsia do cadáver a fim de identificar a direção que os projéteis percorreram no corpo, o calibre das armas usadas nos disparos, a distância aproximada entre os atiradores e Adriano e outros achados considerados relevantes.

A posição dos promotores reforça o desejo da família do ex-capitão do Bope, a qual anunciou, nesta terça-feira, 18, que, apesar da decisão da Justiça do Rio, tentará conservar o corpo em uma funerária pelos próximos dias, uma vez que ainda há um pedido da defesa por novos exames pendente na Justiça de Esplanada.

“A família está muito aflita com isso. A irmã concordou em não enterrar nem cremá-lo pelos próximos dias. Se a Justiça (de Esplanada) deferir, a perícia será feita até quinta-feira, no máximo. A deterioração do corpo atrapalha ainda mais a elucidação dos fatos. A versão oficial prevaleceria sem qualquer tipo de contraposição”, argumentou o advogado Paulo Emílio Catta Preta.

Mais cedo, em entrevista na porta do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ter informações de que o MP pediria novos exames no corpo.

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  1. Teria que uma autoridade federal avocar o inquérito todo, fechado com rapidez assombrosa pela polícia do PT baiano. Ali irão certamente levantar os furos (ops...esse termo está quase dando cadeia) da história mal contada. Mas nada adianta nova perícia feita pelo mesmo Instituto de Perícia Baiano; lamentavelmente. Há que ser uma perícia independente e profissional. E o corpo, enquanto isso também não deve ficar sob a guarda dos mesmos órgãos sob suspeita. O cadáver "fala", mas tem que preservar.

  2. Lembraram de fazer o exame para checar resíduos de pólvora nas mãos do Adriano? Se ele atirou contra a polícia, fica fácil saber.

  3. É preciso periciar os celulares (todos eles) que estavam em posse do miliciano. Com certeza, as derradeiras mensagens e confissões estão ali gravadas, sabe lá o que vai aparecer.

    1. Polícia baiana dirigida e guiada por PeTralha!?... quem confia nessa turma?

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