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Apesar de liberação judicial, família de Adriano decide preservar o corpo

18.02.20 13:36

A família do ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais, Bope, Adriano da Nóbrega (foto) tentará manter a conservação do corpo do miliciano, morto em 9 de fevereiro em um confronto com a Polícia Militar da Bahia, apesar da decisão da Justiça do Rio de Janeiro que determinou, na última segunda-feira, 17, a liberação dos restos mortais pelo Instituto Médico-Legal, IML.

O Instituto deve realizar a dispensa nesta terça-feira,18. Ainda assim, o cadáver será mantido em uma funerária pelos próximos dias, informaram advogados da família do ex-PM nesta manhã.

Os parentes de Adriano pediram aos tribunais fluminense e baiano a realização de uma perícia independente no corpo e no local da morte do miliciano, em Esplanada, litoral norte baiano, além da conservação do corpo. O juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio, decidiu pela retirada dos restos mortais do IML. A defesa ainda aguarda uma sentença favorável na Justiça da Bahia.

“Se o corpo deixar o IML, vai para uma funerária. A família está muito aflita com isso. A irmã concordou em não enterrar nem cremá-lo pelos próximos dias. Se a Justiça deferir, a perícia será feita até quinta-feira, no máximo. A deterioração do corpo atrapalha ainda mais a elucidação dos fatos. A versão oficial prevaleceria sem qualquer tipo de contraposição”, argumentou o advogado Paulo Emílio Catta Preta.

O presidente Jair Bolsonaro também pediu, nesta terça-feira, 18, uma perícia independente no corpo do ex-capitão do Bope. Na percepção da família, entretanto, o componente político pode prejudicar a elucidação dos fatos. “Não sou nem eleitor dele. A declaração nem prejudica nem atrapalha. O contexto político disso tudo, sim. Talvez meus pedidos já tivessem sido analisados (se não houvesse a interferência política). É um pedido simples. É de se estranhar porque tem sido tão difícil nesse caso, uma vez que há deliberações semanais na Justiça em casos semelhantes”, emendou o defensor.

Adriano foi alvejado em uma troca de tiros com a Polícia Militar baiana durante uma operação para prendê-lo na última semana. Ele estava foragido havia mais de um ano e seu nome integrava a lista vermelha da Interpol.

Além de ser apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras, no Rio, Adriano era suspeito de integrar um grupo de assassinos de aluguel e teve o nome envolvido nas investigações sobre o esquema “rachid” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro, o filho 01 do presidente Jair Bolsonaro.

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  1. Já imaginaram se matassem todos os envolvidos em RACHID neste país? Não sobraria nenhum político, este crime é realizado em todas as prefeituras do país, de norte a sul na esferas estaduais e federais, CCs devolvem parte de seu salario ao partido ou para o parlamentar, desperdício de dinheiro público. Seria mesmo ótimo que fossem tomar uma sopa no inferno. Reforma política já.

  2. Certamente o miliciano morto deixou gravados em seus 13 celulares os ultimos momentos. A confissão e/ou delação está todinha ali.

  3. Faz muito bem. A bronca ainda vai ser destapada. Tem um policial da Equipe que matou o miliciano que dizem ser irmão do jipe Wyllys, a bichinha cuspidora. Tem PSOL na parada.

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