Nelson Jr/SCO/STF

Moraes autoriza novos depoimentos em inquérito sobre interferência de Bolsonaro na PF

23.08.21 15:08

O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta segunda-feira, 23, a Polícia Federal a tomar novos depoimentos no inquérito que investiga a suposta interferência de Jair Bolsonaro na instituição sem a necessidade de intimação da Procuradoria-Geral da República, da Advocacia-Geral da União e da defesa do ex-ministro Sergio Moro para a formulação de perguntas.

O delegado Felipe Alcântara de Barros Leal havia questionado Moraes sobre o rito a ser adotado na sexta-feira, 23, quando informou que conduzirá novas oitivas, sem descrever os nomes que serão interrogados.

Leal indagou se permanecia o formato estabelecido pelo antigo relator do caso, o ministro aposentado Celso de Mello, que permitia a realização de “perguntas ou reperguntas por parte não apenas do Ministério Público Federal, como também dos advogados dos investigados“.

A investigação foi aberta em 27 de abril, dias após Sergio Moro afirmar que Bolsonaro tentou interferir na PF para obter informações e relatórios de inteligência a fim de proteger aliados. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública fez a acusação durante o discurso em que anunciou o pedido de demissão do governo federal.

O processo ficou parado por quase um ano diante de um impasse sobre a possibilidade de Bolsonaro depor por escrito. No mês passado, porém, Moraes permitiu a retomada das investigações antes de o plenário do Supremo decidir sobre o formato da oitiva do presidente — o julgamento está agendado para 29 de setembro.

O inquérito apura se foram cometidos os crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra. Alguns desses crimes, como mostrou Crusoé, podem servir para enquadrar o próprio Moro caso ele não apresente provas das acusações que fez.

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  1. Tem que investigar muitíssimo bem, minuciosamente!!!! Todos nós presenciamos claramente o desenrolar dessa criminosa interferência e o esforço do DR. SÉRGIO FERNANDO MORO para proteger a instituição!!!!

    1. O comentário do Júlio externa a visão de mundo do Bolsonaro, compartilhada pelos idiotas úteis bolsonaristas. Eles acham que às instituições de Estado, servem para atender o governo. O ex-presidiário Lula sistematizou à corrupção no Brasil, porém na ocasião, às instituições funcionaram. Bolsonaro então buscou avançar nisso. Controlando às instituições, ele e os seus comparsas, como Ricardo Barros, Ciro Nogueira e Artur Lira, podem fazer o que quiserem, POIS ESTÁ TUDO DOMINADO. Em 2022 é Moro.

    2. Chefe de que cara pálida? Se for para melhorar poderia ser, mas não foi caso. A intervenção foi para proteger o filho ladrão. Muares bozistas são todos delinquentes e pervertidos.

  2. O vídeo da fatídica reunião verborragica do Minto já é prova mais do que suficiente para incriminar o estelionatario eleitoral, mas com certeza o Moro deve ter muito mais coisa contra o miliciano corrupto e genocida.

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