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Maduro encerra missão diplomática no Equador

16.04.24 21:34

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, mandou fechar a embaixada e os consulados venezuelanos no Equador nesta terça-feira, 16 de abril.

A decisão segue a invasão da polícia equatoriana à embaixada do México em Quito para prender o ex-vice-presidente Jorge Glas, condenado em trânsito em julgado por corrupção.

“Mandei fechar a nossa embaixada no Equador, fechar o consulado em Quito, fechar o consulado em Guayaquil, e que o pessoal diplomático retorne imediatamente à Venezuela… até que o direito internacional seja expressamente restaurado no Equador”, disse Maduro em discurso na cúpula virtual da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Lula se intromete na disputa entre Equador e México

Lula resolveu entrar de novo na disputa entre Equador e México, após o primeiro país invadir a embaixada do segundo, em seu país. O incidente diplomático, registrado há 11 dias, gerou o rompimento das relações do país, e uma ação na Corte Internacional de Justiça em Haia.

Em discurso nesta terça-feira, 16, durante reunião extraordinária da Celac, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, Lula deu razão ao México.

“O que aconteceu em Quito, no último dia 5, é simplesmente inaceitável e não afeta só o México — diz respeitos a todos nós”, disse Lula em sua intervenção. O petista disse que medida dessa natureza nunca havia ocorrido “nem mesmo nos sombrios tempos das ditaduras militares”.

Por isso, concluiu o petista, “um pedido formal de desculpas por parte do Equador é um primeiro passo na direção correta.”

O presidente brasileiro lembrou da Declaração de Caracas sobre Asilo Diplomático, assinada em 1954 e ratificada pelo país três anos depois. Apesar de considerar que a Celac deve trabalhar no restabelecimento das relações entre os dois países, o governo brasileiro irá apoiar a ação mexicana em Haia.

A ação tem cinco pontos e, além da suspensão do governo de Quito da ONU, o governo de Andrés Manuel López Obrador (AMLO) quer que o Equador seja considerado responsável pelo dano que as violações causaram; que a Corte Internacional reconheça sua competência para julgar a questão, e que estabeleça o precedente de suspensão imediata a qualquer país que violar a soberania como ocorreu no caso da invasão equatoriana do governo de Daniel Noboa.

Lula ainda pediu que uma comissão da Celac acompanhe o estado de saúde de Jorge Glas, o ex-vice-presidente equatoriano que foi retirado à força da embaixada. Acusado de corrupção na Lava Jato do país, o político está desde o incidente diplomático sob a custódia equatoriana. 

“[Essa comissão] nos daria tempo para avançar nas discussões sobre um necessário salvo-conduto para sua saída do país”, argumentou Lula, que neste caso, se alinha com o consenso da comunidade diplomática internacional: apesar de as embaixadas estarem localizadas no território do país anfitrião, o consenso é que as missões e suas localidades são invioláveis e não podem ser atingidas por ações do governo ao redor.

Leia mais em Crusoé: México quer Equador fora da ONU até pedido de desculpas

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  1. Ah.... mas se precisar de um perfeito idiota sul-americano palhaço, esse mauduro não serve: é palhaço ao cubo!!! E além de ditador ignorante e perverso, é um mequetrefezinho antipático, com o perdão pelas redundâncias.

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