Macron convoca negociações para formar governo com "forças republicanas"
O presidente da França, Emmanuel Macron, publicou uma carta aberta nesta quarta-feira, 10 de julho, convocando negociações para a formação de um governo de "forças republicanas". A Assembleia Nacional, equivalente à Câmara dos Deputados, deve eleger um novo primeiro-ministro após as eleições antecipadas do início de julho. A maior força na Casa é a coalizão...
O presidente da França, Emmanuel Macron, publicou uma carta aberta nesta quarta-feira, 10 de julho, convocando negociações para a formação de um governo de "forças republicanas".
A Assembleia Nacional, equivalente à Câmara dos Deputados, deve eleger um novo primeiro-ministro após as eleições antecipadas do início de julho.
A maior força na Casa é a coalizão da esquerda e esquerda radical, com 178 deputados eleitos de um total de 577.
Em seguida, vem a base governista Ensemble, de centro, com 150.
"Peço a todas as forças políticas que se reconhecem nas instituições republicanas, no Estado de direito, no parlamentarismo, numa orientação europeia e na defesa da independência francesa, que se empenhem num diálogo sincero e leal para construir uma maioria sólida, necessariamente plural, para o país", escreveu Macron.
"Ideias e programas antes de cargos e personalidades, este encontro deve ser construído em torno de alguns princípios grandes para o país, valores republicanos claros e partilhados, um projeto pragmático e legível e ter em conta as preocupações que manifestou na altura das eleições. Deve garantir a maior estabilidade institucional possível", acrescentou.
Como presidente da República, Macron deverá nomear o novo primeiro-ministro, que, entretanto, só se manterá no cargo se conseguir o apoio da maioria dos 577 parlamentares da Assembleia Nacional.
Ele não deu um prazo para a conclusão do processo.
O presidente também comentou a performance do partido de direita populista de Marine Le Pen, Rassemblement National.
"Nos dias 30 de junho e 7 de julho vocês foram em grande número às urnas para escolher seus deputados. Saúdo esta mobilização, sinal da vitalidade da nossa República da qual, parece-me, podemos tirar algumas conclusões. Primeiro, há necessidade de expressão democrática no país. Depois, se a extrema-direita ficou em primeiro lugar na primeira volta com quase 11 milhões de votos, vocês se recusaram claramente a permitir-lhe a entrada no Governo", afirmou Macron.
Apesar de liderar o primeiro turno do pleito, em 30 de junho, o partido de Le Pen se desidratou na segunda etapa, em 7 de julho, e elegeu apenas 125 deputados.
Le Pen e o líder da coalizão da esquerda, Jean-Luc Mélenchon, já se pronunciaram sobre a carta de Macron.
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