Secom/Bahia

Justiça aceita denúncia contra Walter Faria por esquema de R$ 1,1 bi

28.02.20 15:59

A 13ª Vara Federal de Curitiba aceitou denúncia da força-tarefa da Lava Jato contra o dono do Grupo Petrópolis, Walter Faria (foto). De acordo com as investigações, ele praticou 642 atos de lavagem de dinheiro com o apoio de 22 pessoas ligadas à empresa, ao Antígua Overseas Bank e ao departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht. Entre elas, 21 também tornaram-se rés.

A ação é resultado da 62ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em 31 de julho de 2019. Nesta etapa, apurou-se o envolvimento de executivos do Grupo Petrópolis na lavagem de dinheiro desviado de contratos públicos, especialmente da Petrobras, pela Odebrecht. O esquema movimentou 1,1 bilhão de reais entre 2006 e 2014, segundo o Ministério Público Federal. 

Os procuradores alegaram que, em troca do recebimento de “altas somas” no exterior e de uma série de negócios jurídicos fraudulentos no Brasil, Faria gerou recursos em espécie para distribuição a agentes corrompidos no Brasil; entregou propina disfarçada de doação eleitoral pela Odebrecht; e transferiu, no exterior, valores ilícitos recebidos em suas contas para agentes públicos beneficiados pelo esquema de corrupção na Petrobras.

A Odebrecht costumava usar, na lavagem do dinheiro, camadas de contas estrangeiras em nome de diferentes offshores. De acordo com documentação encaminhada pela Suíça, foram identificadas 38 distintas com contas bancárias no EFG Bank de Lugano, controladas por Faria. Mais da metade delas permanecia ativa até setembro de 2018.

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