Greves pela volta da democracia paralisam Mianmar
Desde que militares deram um golpe em Mianmar, no dia 1º de fevereiro, a população do país tem saído às ruas para pedir o retorno à democracia. Para conter os manifestantes, a recém-instalada ditadura ordenou o uso de munição real. Cerca de 60 pessoas já morreram nos confrontos. Outra forma de protesto, porém, pode ter...
Desde que militares deram um golpe em Mianmar, no dia 1º de fevereiro, a população do país tem saído às ruas para pedir o retorno à democracia. Para conter os manifestantes, a recém-instalada ditadura ordenou o uso de munição real. Cerca de 60 pessoas já morreram nos confrontos. Outra forma de protesto, porém, pode ter impacto sobre os militares: as greves.
Organizados no Movimento de Desobediência Civil, o MDC, os trabalhadores têm faltado ao emprego aos milhares. Há várias semanas, bancários, marinheiros, ferroviários, motoristas, médicos e professores não dão expediente. Na última sexta, 5, paralisações ocorreram nas cidades de Yangon e Mandalay (foto).
O método já tinha sido usado em 1998, em uma outra onda de protestos contra a ditadura que fora instituída em 1962. Daquela vez, a repressão foi brutal e 3 mil pessoas morreram. Desta vez, as greves são ainda mais abrangentes. O sistema bancário e os transportes não funcionam. O país ficou praticamente paralisado.
Ao parar a economia, os manifestantes acreditam que podem enfraquecer a ditadura. A esperança deles é que os militares fiquem impossibilitados de pagar os salários de seus policiais e soldados, o que poderia rachar a obediência ao comandante Min Aung Hlaing, autor do golpe. Por ora, os responsáveis pelo golpe ainda não deram mostras de terem sentido o baque.
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Comentários (3)
MARCIO
2021-03-08 07:59:09*China.
MARCIO
2021-03-08 07:58:09Ditadura cai, Aung (boneca da Chegar na, literalmente) toma o poder e Myanmar vai ser um puxadinho do Vietnã. Ditadura continua, acontece essas coisas.
Jose
2021-03-07 19:00:39Militares, como sempre, gerando desgraça. Tanto lá como aqui.