Governo prorroga Força Nacional de Segurança no Rio de Janeiro
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assinou nesta segunda-feira, 29, a prorrogação do uso da Força Nacional de Segurança no Rio de Janeiro por mais dois meses — até o final de março. A portaria, publicada no Diário Oficial da União, é um dos últimos atos de Dino, que deve deixar o cargo...
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assinou nesta segunda-feira, 29, a prorrogação do uso da Força Nacional de Segurança no Rio de Janeiro por mais dois meses — até o final de março. A portaria, publicada no Diário Oficial da União, é um dos últimos atos de Dino, que deve deixar o cargo no dia 1º de fevereiro.
A Força Nacional está em ação na capital fluminense desde outubro do ano passado, em apoio às ações da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) mantidas pela Marinha e pela Força Aérea Brasileira (FAB). A medida original previa o emprego das tropas especiais originalmente por um mês, com atuação “nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.
Cerca de 300 agentes da Força Nacional foram enviados ao Rio de Janeiro para atuar em ações de enfrentamento ao crime organizado, em cooperação com a Polícia Rodoviária Federal e as forças de segurança estaduais. O objetivo é conter a escalada de violência em áreas controladas pelo tráfico e pela milícia, em comunidades e bairros nas zonas norte e oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Durante esse período, a Força Nacional tem auxiliado no patrulhamento das principais rodovias do estado. Essa atuação tem como objetivo bloquear rotas usadas para o transporte de cargas e veículos roubados, além de drogas e armas.
As operações com uso de forças federais na segunda maior cidade do país são um "teatro do improviso", como mostrou a Crusoé em novembro do ano passado. Sem ações de inteligência e coordenação entre forças policiais, as tropas brasileiras parecem enxugar gelo à frente dos traficantes e milicianos da cidade.
"Os delitos que hoje deixam a população desamparada e assustada estão ligados principalmente às disputas de território entre grupos armados. Essas organizações têm dinheiro de sobra para pagar mais caro por drogas e armas no período limitado de duração da GLO. Não faltam fornecedores nesses mercados", diz trecho da matéria. "'Se entrarem menos fuzis pelo aeroporto do Galeão ou menos pistolas pelo porto de Santos, não haverá um impacto no Complexo da Maré. O mais provável é que os criminosos encontrem outras maneiras de obter suas armas', diz o coronel Araújo Gomes, que também é secretário municipal de segurança de Florianópolis."
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