Foto: Agência Brasil

Governo quer “ciência pop” e campanha contra fake news de vacinas

26.10.23 11:10

O governo federal editou dois decretos nesta quinta-feira (26) onde tenta dar uma forcinha à ciência dentro do seu governo — e ainda manter o viés de antagonismo em relação ao antecessor, Jair Bolsonaro. Um dos textos cria um Comitê de Enfrentamento da Desinformação sobre o Programa Nacional de Imunizações e as Políticas de Saúde Pública. Outro dá vida ao “Pop Ciência”, um programa de valorização da ciência.

O comitê pró-vacina tem, como objetivo principal, promove estratégias de defesa do programa nacional de vacinações, que passou anos com seus principais índices em queda. Em 2022, pela primeira vez em anos, o número de crianças vacinadas aumentou — 4 milhões a mais foram imunizadas em relação a 2021. Ainda sim, a falta de aplicações de doenças como sarampo colocam mais de 35 milhões em potencial risco de contrair a doença.

O grupo será comandado não pelo Ministério da Saúde, mas sim pela Secom da Presidência da República. Além deles, a Advocacia-Geral da União (AGU), a Controladoria-Geral da União (CGU), e os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; Justiça e Segurança Pública e Saúde participam do grupo.

Já o Programa Nacional de Popularização da Ciência (Pop Ciência), ligada à pasta da Ciência e Tecnologia de Luciana Santos, deve promover atividades e políticas voltadas à promoção da ciência e estimular a produção científica no país.

De maneira sutil, o decreto permite ao MCTI fomentar, pela política nacional, a “educação midiática, abordagem que visa a desenvolver as habilidades e competências em mídias”. 

O tema era discutido desde o primeiro semestre pela Secom de Paulo Pimenta e, agora, parece que a primeira medida será a criação de um hackaton —evento que reúne programadores e especialistas em tecnologia— contra a desinformação. Neste formato, o governo deve organizar eventos em todo o país, onde um desafio é dado a equipes interessadas em resolver soluções tecnológicas contra a propagação de informações falsas.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. Mas isso não é novidade de maneira nenhuma. A Igreja fêz isso na Idade Média e a Revolução Francesa também fez em sua época. Stálin, Hitler e Mao Tsé Tung também usaram esses métodos. É a "narrativa comum" do Flávio Dino. A verdade relativizada.

Mais notícias
Assine agora
TOPO