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Eleição dos EUA nesta terça: alto comparecimento e medo de violência

03.11.20 09:49

A eleição dos Estados Unidos ocorre nesta terça, 3, sob a expectativa de elevado comparecimento e sob o medo de violência nas ruas em alguns estados.

Mais de 98 milhões de americanos votaram antecipadamente até a noite desta segunda, 2. O número equivale a 70% dos eleitores que votaram no pleito de 2016. Ao longo do dia, espera-se que o comparecimento seja alto, podendo chegar a 150 milhões de votos. Na eleição presidencial anterior, 138 milhões de americanos votaram.

Nos estados de Montana, Texas e Havaí, o número de votos já contabilizados supera o total de 2016. Contudo, em alguns estados-pêndulo, que oscilam entre o Partido Democrata e o Partido Republicano a cada eleição, a fatia dos votos antecipados tem sido menor. Na Pensilvânia, o total de votos já registrados não passa da metade do obtido em 2016.

Um alto comparecimento na urnas nesta terça favorece principalmente os republicanos. Segundo uma pesquisa da Pew Research, cerca de 60% dos eleitores do presidente Donald Trump (foto) diziam preferir votar pessoalmente nesta terça. Apenas 20% diziam pensar em votar antecipadamente. Entre os democratas, somente 23% diziam estar se planejando para votar pessoalmente no dia do pleito.

Na noite desta terça, espera-se que alguns estados já sejam capazes de divulgar seus resultados. É o caso da Flórida, do Arizona e da Carolina do Norte, onde os votos enviados antecipadamente já estão sendo apurados. Se Biden conseguir os 29 delegados na Flórida, suas chances de obter a maioria no Colégio Eleitoral aumentam consideravelmente.

Uma das preocupações é a de que Trump, mesmo sem ter alcançado o número suficiente de delegados no Colégio Eleitoral, anuncie sua própria vitória na noite desta terça. O presidente afirmou que o resultado deveria ser proclamado nesta mesma noite e agendou uma festa na Casa Branca para 400 convidados. “A eleição deve terminar em 3 de novembro, e não semanas depois!” tuitou Trump na sexta, 30.

A maioria dos estados, contudo, não costuma divulgar resultados oficiais tão cedo. Veículos de imprensa tradicionalmente seguem a apuração nos cinquenta estados de perto e divulgam alguns números antecipados. Mesmo assim, é preciso mais tempo até que algum dos candidatos consiga passar a barreira de 270 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral. Como alguns estados só estão autorizados a contar os votos antecipados após as eleições, a apuração deve se prolongar.

As incertezas aumentam as chances de violência na noite desta terça. Nesta segunda, o presidente Trump questionou nas redes sociais uma decisão da Suprema Corte para permitir a contagem de votos que cheguem depois do dia da eleição. “Isso permitirá a trapaça desenfreada e descontrolada e minará todo o nosso sistema de leis. Também irá induzir violência nas ruas. Algo deve ser feito!”, escreveu o presidente. A mensagem foi escondida pelo Twitter. A rede social alegou que a frase poderia ter “conteúdos contestáveis ou informações incorretas”. Para ler o texto, é preciso clicar na lateral do quadro.

No final de semana, carreatas de apoiadores do presidente bloquearam estradas em algumas cidades, como Nova York e Nova Jersey. No final de semana, o rival democrata Joe Biden cancelou um comício na Geórgia por medo da presença de grupos armados. Em diversas cidades, comerciantes ergueram tapumes para se precaver contra atos de vandalismo.

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  1. E estamos falando em “eleições democráticas “ da nação considerada o maior país livre do mundo ! Imagine se não fosse ... Como o voto não tem valor absoluto ... acontece o número total de cédulas à favor de um candidato , não significar vitória deste ! Sistema esdrúxulo , e muito menos representativo da vontade da maioria ...

  2. Até a Crusoé, quem diria, está reconhecendo que vai dar Trump outra vez. Assim que a vitória for anunciada a corja de perdedores vai querer fazer tumulto. Tomara que a polícia desça o porrete e acabe com a bagunça dos esuqerdopatas canalhas.

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