Nicolás Maduro via X

Ditadura de Maduro se ofende até com nota do Itamaraty

26.03.24 17:52

A ditadura da Venezuela, se ofendeu com a nota tímida do Itamaraty sobre o impedimento de última hora da principal candidatura da oposição, com o fim do processo de inscrição de candidatos nesta terça, 26 de março.

A diplomacia brasileira disse ver com “expectativa e preocupação” o desenrolar dos fatos, mas permanece em cima do muro sobre criticar o ditador Nicolás Maduro.

O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yvan Gil. publicou uma nota acusando o comunicado do Itamaraty de ser “cinzento e intervencionista”.

“O Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela repudia o comunicado cinzento e intervencionista redigido por funcionários da chancelaria brasileira, que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, no qual são emitidos comentários carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela”, diz a nota venezuelana.

O curioso é que o comunicado atribui o suposto intervencionismo a “funcionários da chancelaria brasileira”.

Ao mesmo tempo, a chancelaria venezuelana elogia Lula, aliado de Maduro, e repete outro trecho da mesma nota do Itamaraty que critica. A parte copiada, entretanto, passa pano para a ditadura e pede o fim das sanções americanas.

“Finalmente, o Governo Bolivariano agradece as expressões de solidariedade do Presidente Lula Da Silva, que condenam direta e inequivocamente o bloqueio criminoso e as sanções que o governo dos Estados Unidos impôs ilegalmente, com o objetivo de produzir dano ao nosso povo”, diz a nota venezuelana.

Briga de amor não dói.

O que disse o Itamaraty?

O Itamaraty se manifestou nesta terça-feira, 26, sobre o fim do processo de inscrição de candidatos nas “eleições” venezuelanas de julho. A diplomacia brasileira diz ver com “expectativa e preocupação” o desenrolar dos fatos, mas permanece em cima do muro sobre criticar o ditador Nicolás Maduro.

“Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se”, diz a nota do Itamaraty, referindo-se ao caso de Maria Corina Machado.

Na semana passada, a candidata vencedora das primárias da Oposição, María Corina Machado, passou a responsabilidade de liderar a oposição para Corina Yoris, uma professora universitária. Isso porque sua campanha foi impedida de concorrer pela Justiça de Maduro, que não apenas a , como também viu seus apoiadores serem presos.

A Plataforma Unida Democrática, PUD, que reúne os partidos de oposição, não conseguiu inscrever nenhum candidato, mostrando que a ditadura de Nicolás Maduro não quer deixar o controle do país. Pouco antes da meia-noite desta segunda, 25, prazo-limite da inscrição, o UNT, que integra a coalizão de María Corina, conseguiu inserir um nome na disputa. Mas a legenda, contudo, inscreveu o nome de Manuel Rosales, que é governador do rico estado de Zúlia, produtor de petróleo e rota da cocaína colombiana.

“O impedimento [do PUD] não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”, continua o Itamaraty.

O Brasil ainda disse estar pronto para, junto com outros países, permitir que a eleição “constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil.”

Mas não deixou de passar a mão na cabeça de Maduro, ao dizer que reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo”.

Leia mais em Crusoé: Quem será o ditador por trás do uniforme de “Super Bigode”?

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  1. Vai trabalhar com bandido, Lula? Respeita o Brasil, Lula. Respeita o Btasil. Tu não conta das nossas mazelas, agora temos centenas de índios analfabetos dormindo ao relento nas ruas do Brasil. TEM VERGONHA, LULA

  2. Ou o Lula é muito 0t4r10 de acreditar no Maduro, ou nós é que somos 0t4r10$ de acreditar que isso não passa de jogo jogado entre os dois governos. Seja como for, ao final do dia e para surpresa de zero pessoas, restará uma Venezuela ainda ditatorial e socialista, para o nosso desassossego e.

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