Assembleia de SPO bolsonarista Gil Diniz admite a estratégia

Deputado intimado pelo STF questionou escolta de Alexandre em SP

31.05.20 12:03

Semanas antes de ser intimado a depor no inquérito que investiga supostas ameaças, ofensas e notícias falsas contra ministros do Supremo Tribunal Federal, o deputado estadual Gil Diniz (foto), do PSL, questionou os gastos e o número de policiais que fazem a escolta de Alexandre de Moraes em São Paulo, cidade onde mora o ministro.

Parlamentar mais próximo da família Bolsonaro na Assembleia paulista, Diniz encaminhou dois requerimentos de informação ao governador João Doria, do PSDB, nos dias 7 e 19 de maio, questionando o número de policiais civis e militares deslocados para fazer a segurança de Moraes quando ele está em São Paulo. Ele também indagou o custo mensal da operação.

“Esses dados devem servir para gerenciar as informações que os profissionais de segurança pública necessitam para desempenhar suas atividades da melhor maneira possível, de forma que sejam eficazes e eficientes, sem haver uma sobrecarga”, afirma Gil Diniz no requerimento, que ainda não foi respondido pelo governo Doria.

O deputado foi um dos oito parlamentares bolsonaristas intimados por Alexandre de Moraes a depor à Polícia Federal no inquérito aberto de ofício pelo ministro para apurar ameaças e ofensas aos magistrados do Supremo. No início de maio, dois manifestantes bolsonaristas foram presos e denunciados por ameaçarem Moraes em frente ao prédio onde ele mora, na capital paulista.

Na decisão que embasou os mandados de busca e apreensão cumpridos na última quarta-feira, 27, contra políticos, empresários e blogueiros acusados de ofenderem e promoverem fake news contra a corte, Moraes menciona uma postagem de Gil Diniz, conhecido nas redes sociais como “Carteiro Reaça”.

“Mais uma vez o STF rasga nossa constituição! O Delegado de Polícia Alexandre Ramagem cumpre todos os requisitos para a nomeação como DG na PF, uma carreira respeitada por seus pares e uma formação exemplar, ocupando o comando da ABIN anteriormente. Vergonha do STF!”, escreveu Diniz no Twitter no fim de abril, após Alexandre suspender a nomeação de Ramagem para o comando da Polícia Federal, feita por Bolsonaro.

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